Os maiores bancos a operar em Portugal vão ter de constituir uma reserva adicional de fundos próprios ao longo dos próximos três anos, no âmbito de um regime transitório atribuído pelo Banco de Portugal.

A maior exigência é feita à CGD, que será obrigada a criar uma "almofada" equivalente a 600 milhões de euros, metade da qual até ao início de 2018 e o restante até um ano depois.

Já ao BCP e ao Novo Banco, segundo adianta a Lusa citando uma nota do Banco de Portugal, são exigidos 0,75% de reserva de importância sistémica, pelo que têm de ter mais 0,375% até janeiro de 2018.

O BPI e o Santander Totta têm de ter 0,5% de “almofada” de capital extra, pelo que têm de constituir mais 0,25% até início de 2018. Por fim, é exigida à Caixa Económica Montepio Geral 0,125% até início de 2018 e o total de 0,25% até 2019.

O que explica este regime transitório

De acordo com o comunicado divulgado esta sexta-feira pelo supervisor e regulador bancário, foi decidido "aplicar um regime de implementação gradual da reserva de fundos próprios para as instituições de importância sistémica".

O Banco de Portugal, que tomou esta decisão depois de ter notificado o Banco Central Europeu e consultado o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, justifica que esta aplicação gradual assegura que as instituições de crédito portuguesas têm exigências "alinhadas com as aplicadas às suas congéneres europeias que operam em contextos macroeconómicos semelhantes", escreve a agência de notícias.

 

Por: Idealista