“Dizer-se que «de Faro não se espera nada de bom» são palavras caluniosas e insensatas. São caluniosas porque se limitam a tecer juízos valorativos primários, desprovidos de qualquer adesão à realidade e ao bom juízo que a nossa comunidade e o seu passado lhe merecem.
Como olhão, Faro tem uma história rica. Assenta nos feitos intemporais das suas gentes. Estes providenciam o cimento da nossa auto- estima e do nosso orgulho enquanto farenses. As suas palavras insultam-nos e são desrespeitadoras do nosso passado.
Todavia, Sr. Presidente, elas são também insensatas porque parecem querer colocar em confronto populações que se respeitam e se admiram mutuamente. Sim: procurar beliscar esta proximidade histórica, quase fraterna, é também insensato.
Há formas de estar na vida pública. Dirimimos as nossas diferenças democraticamente e com responsabilidade, procuramos fazê-lo preservando acima de tudo um clima de paz e de boa convivência entre todos.
Por tudo isto, os munícipes de Faro, por intermedio do seu Presidente de Câmara e dos Vereadores, exigem-lhe que se retracte publicamente das afirmações injuriosas e improprias que proferiu”
O documento foi submetido à apreciação de toda a vereação, na passada segunda-feira, durante a Reunião de Câmara, tendo sido subscrito pelo Presidente, Rogério Bacalhau, pelo Vice-Presidente Paulo Santos e pelos Vereadores Teresa Correia e José António Cavaco.
Para além destes, estiveram presentes na reunião os vereadores do PS Fernando Gomes, Cristina Ferreira, Luís Graça e Fernando Marques e, ainda, o Vereador eleito pela CDU, António Mendonça.