O Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) já tinha deixado o aviso de que iria apertar o cerco ao setor e está a cumprir

Em apenas seis meses, o regulador instaurou quase 900 processos de contraordenação. As empresas de administração de condomínios foram as mais castigadas. Mas as empresas de construção são as que continuam a motivar mais queixas e reclamações.

No total, o IMPIC recebeu nos primeiros seis meses deste ano 1157 queixas e reclamações, que deram origem à abertura de 890 inquéritos. Destes, 256 estão relacionados com empresas de construção, 99 com empresas de mediação imobiliária, 21 com a aplicação do Código dos Contratos Públicos e 174 estiveram associados a plataformas eletrónicas de contratação pública, segundo noticia o Público.

Administrações de condomínios entre os maiores infratores

Citando o balanço da atividade semestral que publicou no seu portal, o diário indica que o "polícia" da construção e imobiliário realizou 150 ações de fiscalização a empresas de construção, 198 a empresas de mediação imobiliária, 79 a empresas de administração de condomínios, promoção imobiliária e compra e venda de imoveis e duas a plataformas eletrónicas de contratação.

E se foram as empresas de construção civil que deram origem a mais queixas e participações - atingiram os 428 processos, enquanto as empresas de mediação imobiliária motivaram 256 e as que se dedicam a atividades como a administração de condomínios, deram origem a 295 reclamações – os processos de contraordenação instaurados envolveram sobretudo o combate ao branqueamento de capitais e administração de condomínios, com 340 processos.

Mais de 550 novas imobiliárias num semestre

No âmbito de licenciamento de novas empresas, que também compete ao IMPIC, o setor da construção ganhou mais 4135 entidades no primeiro semestre deste ano e outras 551 empresas de mediação imobiliária receberam licença para começar a trabalhar, indica ainda o jornal,

O IMPIC resultou da reestruturação do antigo Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, e é a ele que compete receber participações relacionadas com o Código dos Contratos Públicos e com as plataformas eletrónicas de contratação pública.

 

Por: Idealista