No sábado, 7 de junho, no Centro Autárquico de Quarteira, foi apresentado o catálogo da exposição «Com os Pés na Terra e as Mãos no Mar: 6000 anos de História de Quarteira», por Paulo Oliveira e Fátima Roque.

A primeira intervenção coube à Chefe de Divisão de Cultura, Museu e Património do Município de Loulé, Ana Rosa Domingos Sousa, que começou por se manifestar “imensamente agradada por estar aqui nesta sala tão repleta e com esta missão tão especial, que me permitiu também conhecer este projeto da Dália Paulo, da Câmara Municipal e, portanto, felicitar todos os autores deste magnífico catálogo, mas felicitar também os meus colegas do Museu Municipal, esta maravilhosa equipa que desenvolve este excelente trabalho e a sua relação com a comunidade. Prova viva disso é a sala que tenho à minha frente”, partilhando com os presentes algumas reflexões suas sobre a importância da investigação em museus.

Seguidamente, a Diretora Municipal Dália Paulo referiu que 6000 anos de história do território de Quarteira “são muitos anos e homenageio também todos os povos e todas as influências culturais que por aqui moldaram este território e foram também dando vida e foram moldando também as gentes que o habitavam”.

O Presidente da junta de Freguesia de Quarteira, Telmo Pinto, sustentou que, “quando nos rodearmos de pessoas boas acontecem coisas boas, é inevitável que isso aconteça. Este é um projeto desses, um projeto que Quarteira merecia, porque não tínhamos nada nem parecido e era merecido. Tínhamos pequenas coisas e este é um grande projeto e todos os quarteirenses mereciam. É um projeto que envolveu muita gente, envolveu profissionais e para mim é esse o crescimento que leva aqui e o conhecimento que leva também à Junta de Freguesia. Estou no processo final de três mandatos e hoje dizia isso quando apresentei os projetos de manhã, por causa do Dia da Cidade, porque envolveu muita gente mesmo da comunidade e as pessoas vieram, participaram no início, como é que vamos chegar às pessoas, era um desespero, será que vem alguém e depois a onda cresceu, a bola de neve cresceu e chegámos aqui. Ou melhor, chegámos ali à exposição e eu costumo dizer que ainda há muita gente que não conhece aquilo que está ali junto ao Porto de Pesca e que é mesmo, mesmo, um grande conhecimento que tiramos daquilo que é o local onde vivemos porque muitas vezes não conhecemos o local onde vivemos e isso envolveu também muitos profissionais, que é parte boa. Eu há bocado estava aqui a falar com uma pessoa sobre estes problemas da orla marítima e foi engraçado. Foi sentir um curso superior com o Sebastião Teixeira da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e aquilo que vamos encontrar dia-a-dia há algum tempo que já não ouvia, mas foi com ele que eu fui conhecendo bem a parte dos problemas e aquilo que se tinha que fazer e essa parte do conhecimento que nós tiramos é extremamente importante. Esta apresentação do livro é feita por aqueles que têm esse conhecimento e que nos ensinam muito sobre o local onde vivemos”.

Seguiu-se a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Loulé (representada pelo seu presidente, Vítor Aleixo) e a Museus e Monumentos de Portugal E.P.E., entidade que tutela o Museu Nacional de Arqueologia (representada pelo seu presidente, Alexandre Pais), para a renovação do empréstimo de peças que se encontram na exposição por um período de mais de dois anos.

A apresentação do catálogo esteve a cargo de Paulo Oliveira, professor da Universidade do Algarve, e Fátima Roque, diretora da Rede Portuguesa de Museus.

 

Jorge Matos Dias