Realiza-se nos dias 20 e 21 de agosto a 12.ª edição das Festas de Santa Catarina, que todos os anos se têm vindo a realizar na Goncinha (Loulé).

As festas terão início no dia 20 de agosto, pelas 16h00, com a abertura do bar e da Quermesse. Às 18h00 haverá o desfile de Ciclomotores Antigos do Areeiro e a animação continua, pelas 20h00, com a atuação do Rancho Folclórico Infantil Nexense, seguindo-se o baile, animado por Ruben Filipe & Marcelo.

No dia 21 de agosto as festividades têm inicio com a Missa da Festa, pelas 16h00, seguida pela procissão com a Imagem de Santa Catarina, pelas 17h30, que será acompanhada pelas Banda da Sociedade Filarmónica e Artistas de Minerva de Loulé.

Às 18h30 volta a abrir o bar e Quermesse, iniciando-se a música logo depois, pelas 19h00, com Nestor&Nuno. Às 21h00 uma pausa no baile para receber a Marcha de São Clemente.

Organizada pela Comissão de Festas da Igreja de Santa Catarina – Goncinha, com a colaboração dos Párocos de Loulé, o apoio da C. M. Loulé e da Junta de Freguesia de S. Clemente, esta festa, de índole popular, sem bilheteira em recinto aberto, tem vindo a aumentar de ano para ano, revertendo os fundos angariados em benefícios para a igreja e para a comunidade.

 

Sobre as Festas em Honra de Santa Catarina

As Festas em honra de Santa Catarina tiveram a sua 1ª. Edição em 2005, por iniciativa do Rev. Padre Henrique Varela, que conseguiu na altura convencer seis casais, a retomar a tradição depois de um interregno de quase 60 anos, e que têm até hoje assumido, com algumas ajudas a responsabilidade de anualmente organizar as festas.

Não se sabe ao certo quando começou a veneração a Santa Catarina. Sabe-se, no entanto, que em 1351, segundo uma inscrição no interior da Capela, que esta já existia. No exterior, por baixo da Cruz existe mais uma data (1904), dizendo-se que inicialmente a Capela era mais pequena e que terá sido aumentada e restaurada.

A Capela há muito tempo ao serviço da Igreja e do povo, é particular. Diziam os mais antigos que pertencia a uma Marquesa, que vivia na Quinta do Rosal e ali se deslocava a pé, por uma vereda, para fazer as suas orações.

O povo também utilizava a Capela e os que por ali passavam vindos de mais longe, na direção de Loulé ou Almancil prendiam os animais no exterior, numas argolas que ali existiam, enquanto iam rezar.

Há poucos anos restaurada, tudo leva a crer que a imagem de Santa Catarina é a original, por algumas mazelas que apresenta (a roda partida e a base deteriorada). Reza a história que em época de guerra, aquando do desembarque no Algarve das tropas (Francesas em junho de 1808 ou posteriormente dos liberais na guerra civil em julho 1833), a imagem foi retirada da capela e escondida no meio das silvas, para evitar a barbárie dos soldados, que por onde passavam tudo roubavam ou destruíam.

Também recentemente nas décadas oitenta e noventa, assistindo o país a vários roubos de arte sacra, e tendo a capela sido assaltada e roubados alguns objetos, por precaução e enquanto não se procedeu ao reforço do local, a imagem era retirada da Igreja após as celebrações e mais uma vez escondida.

Consta que antigamente a festa processava-se de outro modo, seguindo a imagem em procissão de carro de besta, da Goncinha para Loulé, havendo no regresso uma grande festa, com baile e leilões, onde ocorria em peso o povo de Loulé e arredores.

A tradição foi retomada e é gratificante ver o recinto cheio e toda aquela multidão que se aglomera, convive, diverte ou simplesmente assiste.

 

Por VA/CFSC