O município de Silves explicou à Lusa que as características da cisterna lhe conferem “um carácter de exemplaridade e raridade” que faz com que lhe seja atribuído “um valor cultural de importância nacional”.
De acordo com os estudos realizados durante uma escavação arqueológica, em 2001, no âmbito de obras de conservação e restauro efetuadas pelo programa de regeneração urbana Polis naquele concelho algarvio, a cisterna, com um formato de paralelepípedo e de cobertura abobadada, foi construída durante o período islâmico e foi utilizada até ao século XIV.
Trata-se de um património em “excelente estado de conservação, dos primeiros séculos da permanência islâmica na região e das técnicas ancestrais que nos foram legadas no âmbito da captação e armazenamento de água”, observou a autarquia.
Construída em pedra e assente sobre paredes revestidas com tijolo cozido compacto, a cisterna islâmica de Silves tem capacidade para armazenar cerca de 133.875 litros cúbicos de água e os estudos realizados indicam que terá sido abandonada por causa de várias fissuras na parede.
Além disso, referem que a “arquitetura da cisterna e o seu sistema construtivo remete para o período islâmico, podendo a mesma estar associada à mesquita principal da cidade, que se crê ter tido localização nas proximidades”.
Em 2014, a cisterna recebeu uma cobertura para que pudesse estar protegida mas visível e devidamente identificada para os visitantes.
A abertura do procedimento de classificação como monumento de interesse público foi publicado no Diário da República na terça-feira.
Por: Lusa