A emblemática Fábrica do Inglês, em Silves, vai ganhar uma nova vida após anos de abandono.

As promotoras imobiliárias Antrix e Carvoeiro Branco anunciaram a aquisição do espaço histórico, com um projeto que promete devolver-lhe o papel central na vida cultural da cidade e reforçar a sua importância patrimonial no Algarve.

O plano prevê a reabertura do Museu da Cortiça, distinguido em 2001 como o melhor museu industrial da Europa, ano em que recebeu mais de 100 mil visitantes. Também os edifícios históricos serão alvo de reabilitação, incluindo o icónico chalet do século XIX, que voltará a acolher uma casa de chá.

Além da vertente cultural, o projeto contempla a criação de uma unidade hoteleira de charme e a instalação dos escritórios das duas promotoras em Silves, reforçando a ligação da Antrix e da Carvoeiro Branco ao concelho.

Segundo Erik de Vlieger, cofundador da Antrix e CEO da Carvoeiro Branco, “a Fábrica do Inglês é um marco incontornável da memória coletiva de Silves. O nosso objetivo é preservar a sua identidade e devolver-lhe vida com um novo propósito que valorize o território e respeite a sua história”.

A recuperação do espaço contou com o apoio da Câmara Municipal de Silves, em particular da presidente Rosa Palma, da vice-presidente Luísa Conduto e do vereador Maxime Sousa Bispo, bem como do Banco Atlântico Europa, parceiros fundamentais no processo.

Com raízes que remontam a 1894, a Fábrica do Inglês nasceu como unidade de transformação da cortiça e tornou-se uma referência nacional após a abertura ao público, em 1999, como Museu da Cortiça. Encerrada em 2009 devido à insolvência da entidade gestora, iniciou-se então um longo período de degradação.

Agora, com este novo investimento, o espaço prepara-se para renascer como polo cultural, turístico e económico, reafirmando a sua relevância para Silves e para o Algarve.