Composta por artistas com mais de 60 anos de idade, vindos de diversos quadrantes da atividade artística e cultural, a Companhia Maior, com o estatuto de Associação Cultural, foi criada em 2010 por iniciativa da ex-bailarina Luísa Taveira, com a missão de promover a criatividade na idade maior.
Vários encenadores e coreógrafos no contexto interdisciplinar da criação contemporânea têm sido convidados a criar com a Companhia Maior: Tiago Rodrigues, Clara Andermatt, Mónica Calle, Jorge Andrade, Joana Craveiro, Pedro Penim, entre outros.
A Companhia Maior para celebrar o seu décimo aniversário - 2020 - programou uma digressão pelo país com a peça "O lugar do canto está vazio" que um ano antes a estreou no CCB, mas devido à pandemia essa digressão foi adiada. Felizmente este ano tem sido possível realizá-la. Começou no Centro Cultural do Cartaxo, após uma residência de cinco dias para ensaios, depois no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, em Coimbra no Convento de São Francisco e no próximo dia 23 às 21h vai estar no Teatro Louletano.
Palavras dos encenadores Sofia Dias e Vítor Roriz:
"Esta peça começa com um apelo à experimentação que não é mais do que uma tentativa de encontro com aquilo que não dominamos ou nos coloca numa zona de risco, até mesmo de conflito, e até mesmo de falência. Parece-nos que é nesse lugar que o que se domina e o que se desconhece que o corpo adquire a qualidade do presente - uma transparência que permite ver o seu modo de agir e de pensar. O lugar do canto está vazio" é uma alternância entre o abstracto e o figurativo, o reconhecível e o estranho, o individual e o colectivo, o biográfico e o ficcional."