A Sardinha (Sardina pilchardus), também conhecida como sardinha europeia, é uma das 18 diferentes espécies de pequenos pelágicos e tem uma ampla distribuição no Atlântico Nordeste e Mediterrâneo.

Deste peixe depende a alimentação de várias espécies de porte superior, enquanto a sua alimentação é feita à base de plâncton, que é proveniente das profundezas e que as correntes de água fria trazem consigo. Esta é a razão que leva a que este peixe se concentre em zonas específicas que já são do conhecimento dos pescadores.

Este tipo de sardinha, que pode ser encontrada no nosso país, é considerada mais saborosa na época do verão porque a época de reprodução deste peixe ocorre entre os meses de outubro e abril, meses frios, quando os peixes gastam gordura rica em Ómega 3 e que vão depois acumular nos meses da primavera. É este o elemento que lhes concede maior sabor, daí que os meses mais quentes sejam os prediletos para o consumo da sardinha. A época de abundância da sardinha gorda coincide com os ventos predominantes do verão, que empurram as águas ricas em plâncton para as zonas costeiras.

 A sardinha chega ao nosso prato, na grande maioria das vezes, com dois anos de idade, quando já atingiu 90% do seu tamanho. O peixe deve ter um tamanho mínimo de 11 centímetros; a pele deve ter pigmentação iridescente e brilhante; olhos límpidos, circulares e convexos; e brânquias de cor vermelha escura. Se assim for, segundo avançou o Dinheiro Vivo, pode confiar na qualidade da compra que está a efetuar.

Em Portugal, a sardinha é pescada utilizando com maior frequência a técnica da Pesca do Cerco, em que o cardume é envolvido numa rede retangular, sustentada à superfície por um sistema de flutuação e mantida na vertical por um conjunto de pesos. No caso do Algarve, no ano de 2014, foram capturadas 1167 toneladas de sardinhas em Portimão, 1144 toneladas em Olhão e 86 toneladas em Lagos.

 

Por: IPMA