Em Leiria, Évora e Viana do Castelo o stock residencial disparou. Mas no Porto e Lisboa continua a cair, mostra estudo do idealista.

Em Portugal, há falta de casas disponíveis no mercado da habitação para a procura existente, sobretudo a preços acessíveis. Mas a reta final do ano trouxe boas notícias: a oferta de casas à venda no quarto trimestre de 2023 subiu 10% face à que estava disponível no mesmo período de 2022, segundo um estudo do idealista. Além da chegada de novos empreendimentos ao mercado, tanto de construção nova como de reabilitação, a par da entrada em vigor do Mais Habitação, o arrefecimento da procura de habitação devido ao clima de incerteza, subida de juros e perda de poder de compra pode também ajudar a explicar este crescimento da oferta, por via da redução do número das transações. 

Oferta de casas para comprar sobe em 12 grandes cidades

A oferta de habitação à venda em Portugal subiu em 12 capitais de distrito no último ano. A liderar a lista encontra-se Leiria (42,6%), seguida por Évora (37,3%), Viana do Castelo (34,7%), Portalegre (25,3%) e Viseu (23,3%) como as capitais de distrito onde stock disponível para comprar casa mais aumentou. Seguem-se Braga (23%), Vila Real (22%), Beja (21,7%), Setúbal (19,1%), Faro (15%), Castelo Branco (11%) e Coimbra (10,3%).

Por outro lado, houve também sete cidades que viram a oferta de habitação disponível para comprar a diminuir neste período. Santarém foi a cidade onde mais caiu a oferta (-13,9%), seguida por Ponta Delgada (-12,5%), Porto (-12,2%), Lisboa (-4,7%), Aveiro (-3,2%), Bragança (-2,1%) e Funchal (-0,8%), mostra o mesmo estudo do idealista, o principal Marketplace imobiliário do sul da Europa.

 

 

Mais casas para comprar em quase todos os distritos e ilhas

Olhando para os distritos e ilhas portuguesas com amostras representativas, salta à vista que o número de casas à venda aumentou em praticamente todos os territórios no último ano, com Castelo Branco (17,8%) a liderar as subidas.

O ranking da subida da oferta de casas para comprar segue com Leiria (24%), Faro (19,9%), Beja (19,7%), Évora (19,2%), Portalegre (17,8%), Viana do Castelo (17,2%), Viseu (16,5%), Setúbal (15,4%), Vila Real (14,4%), Bragança (13,8%), Braga (12,8%) e Lisboa (8,1%). O aumento de casas no mercado foi menos expressivo em Coimbra (5,8%), Aveiro (4,1%), ilha da Madeira (3,1%), Porto (2,9%) e Santarém (1,7%).

De notar ainda que houve uma ilha onde o stock de casas à venda desceu no último ano: São Miguel, na ordem dos -14,7%, conclui o estudo.

 

Por: Idealista