O Vitória de Guimarães isolou-se hoje provisoriamente no quinto lugar da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer em casa o Portimonense, por 1-0, em jogo da 20.ª jornada.

Aos 22 minutos, Jota Silva marcou o golo que deu a terceira vitória consecutiva ao Vitória de Guimarães, que subiu ao quinto posto, de acesso às competições europeias, com 33 pontos, mais três do que o Casa Pia, que tem menos um jogo, e do que o Arouca.

O Portimonense, que sofreu a quarta derrota seguida no campeonato como visitante, mantém-se no 11.º lugar, com 23 pontos.

 

Declarações após o Vitória de Guimarães – Portimonense (1-0), jogo da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:

 

- Moreno (treinador do Vitória de Guimarães): “A sensação é boa, porque neste campeonato tão competitivo não é fácil ter três vitórias consecutivas. O Portimonense tem vários atletas com mais de 1,80 metros, que levam o jogo para o duelo, o que cria desconforto no jogo. Agrada-me a forma como a equipa reagiu em campo, e praticamente não permitimos oportunidades na primeira parte. Depois este jogo foi mais do mesmo. Não conseguimos fazer o segundo golo, a equipa não fica tranquila e a forma do adversário estar em campo causa desconforto. Reconheço que não houve grande qualidade de jogo, mas a forma como os jogadores perceberam o que o jogo estava a pedir deixa-me muito orgulhoso.

[O Jota Silva] Tem feito uma época muito boa. No ano passado, o Jota [autor do golo] estava na II Liga e jogadores como o Ibra [Bamba], o [André] Amaro e o Dani [Silva] estavam na Liga 3. Satisfaz-me ver o que eles crescem, mas não se pode relaxar. O Jota tinha de fazer aquele segundo golo [aos 29 minutos]. Não se pode relaxar por já ter feito um golo. Não pode jogar para a semana, mas nunca fui de me lamentar. Por agora vamos desfrutar da Vitória e depois pensar no próximo jogo.

O Mikel [Villanueva] saiu [aos 78 minutos] por desconforto e não quisemos arriscar”

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Foi um jogo dividido, com muita luta, e duas equipas com uma proposta parecida, a quererem pressionar alto. Não houve muitos espaços para fazer coisas mais ‘limpas’ e o Vitória é feliz, porque aproveita, com mérito, um golo num erro infantil nosso que já tínhamos cometido no golo anulado por fora de jogo. Num jogo assim, marcar primeiro é uma vantagem muito grande, tentámos tudo [para empatar] mas não conseguimos.

Verifiquei que os dois médios do Vitória não recuavam, e adiantando o Diaby, ficávamos ‘mano a mano’ com os [três] defesas do Vitória. Ao intervalo pedi para explorar mais essa situação, mas não fomos lestos a explorar isso.

[O ascendente na segunda parte] Tem muito a ver com o facto de o Vitória nesse período já não conseguir pressionar como pressionava. Não foi porque não tentássemos na primara parte, mas o Vitória impedia-nos a primeira fase do jogo. Devíamos ter explorado melhor a nuance do Diaby. O jogo fica marcado por esse golo muito consentido da nossa parte.”