O Governo estima fechar o processo de venda do Novo Banco à Lone Star até ao próximo mês de novembro. A dimensão dos cortes no banco, que resultou da extinção do Banco Espírito Santo (BES), ainda está em discussão.

Bruxelas deverá aprovar a venda do Novo Banco à Lone Star até 17 de julho, após analisar o negócio através de "procedimento simplificado", que adota quando a operação não suscita preocupações de maior a nível de concorrência.

O secretário de Estado adjunto e das Finanças disse esta quarta-feira que, de momento, está a ser preparado o processo de troca de obrigações, que deverá estar fechado até ao final do verão, "para que se possa concluir até ao mês de novembro" a venda do banco.  As declarações de Ricardo Mourinho Félix, citadas pela Lusa, foram proferidas depois de o Ministério das Finanças ter sido questionado pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda (BE) sobre o processo de venda do Novo Banco.

O contrato de promessa de compra e venda entre o Fundo de Resolução e o fundo norte-americano Lone Star foi assinado em 31 de março passado, para a alienação de 75% do Novo Banco, mantendo o Fundo de Resolução 25%.

A Lone Star, tal como recorda a agência de notícias, não pagará qualquer preço, tendo acordado injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco para o capitalizar, dos quais 750 milhões entrarão quando o negócio for concretizado e os outros 250 milhões até 2020.

Já o Fundo de Resolução ficou com a responsabilidade de compensar o Novo Banco por perdas que venham a ser reconhecidas com os chamados ativos 'tóxicos' e alienações de operações não estratégicas, caso ponham em causa os rácios de capital da instituição, no máximo de 3,89 mil milhões de euros.

 

Por: Idealista