Em média, cada um dos 291.558 proprietários que emitiram recibos eletrónicos teve um rendimento de 5.955 euros em 2015, um valor que subiu para 6.101 euros no ano passado. Para a Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL), parte desta subida deve-se ao maior controlo do Fisco e ao cada vez maior cruzamento de dados entre os contratos e os consumos de eletricidade, gás, água e telecomunicações.
Segundo o Dinheiro Vivo, que cita fonte oficial do Ministério das Finanças, em 2015, foram passados 3,9 milhões de recibos eletrónicos de renda, no valor total de 1,7 mil milhões de euros – foi nesse ano que a maioria dos proprietários teve de abandonar os recibos em papel e aderir à versão eletrónica. Foram 291.558 proprietários que o fizeram.
Já em 2016, o cenário mudou de figura: o número de proprietários que emitiu recibos eletrónicos aumentou 29% (377.587) e o valor total de rendas ascendeu a 2,3 mil milhões de euros (mais 32,7%). A subida mais significativa verificou-se no universo de recibos emitidos, que teve um acréscimo de cerca de 52%, ultrapassando os 5,9 milhões.
Romão Lavadinho, presidente da AIL, considera que se trata de uma subida “natural”. Um reflexo do “maior controlo” que a obrigatoriedade da emissão de recibos e do registo dos contratos de arrendamento trouxe. “Muitos senhorios passaram a ter mais consciencialização e começaram a passar recibos”, disse, citado pela publicação.
De referir que os recibos eletrónicos chegaram em 2015, estando apenas dispensados de os emitir os senhorios com idade superior a 65 anos, que não estejam obrigados a ter caixa postal eletrónica e com uns rendimentos de rendas inferior a 838,44 euros por ano. Quem não emite recebidos está obrigado a entregar ao Fisco uma Declaração Anual de Rendas (também conhecida pelo Modelo 44), tendo esta de ser submetida até ao final de janeiro.
Por: Idealista