De acordo com um levantamento efetuado por um docente da Universidade do Algarve (UAlg) para caracterizar o tecido empresarial algarvio, em 2013 existiam 7.150 empresas com sede fiscal na região, excluindo as empresas públicas e todas aquelas sem contabilidade consistente e considerando as sociedades anónimas ou por quotas.
Segundo Luís Serra Coelho, que falava durante o I Encontro Empresarial de Faro, em 2013 as empresas algarvias que reportaram contas que indicavam falência técnica representavam 27,6% do total das empresas algarvias, valor que em 2007 era de 16,6%.
Já as empresas algarvias com resultados líquidos negativos aumentaram de 29,3% em 2007 para 45,6% em 2013, o último ano com informação disponível na base de dados que sustentou a pesquisa do docente da Faculdade de Economia da UAlg.
No que respeita à área de atividade, a maioria das empresas algarvias opera na área da restauração e hotelaria (1.296) e do retalho (1.160), denotando, segundo Luís Serra Coelho, uma "excessiva dependência" do setor do turismo.
"Importa, no Algarve, atender à questão da competitividade, pelo que a política económica empresarial deve ser pensada para diversificar o produto e resolver a grande assimetria entre concelhos no Algarve", afirmou, em declarações à Lusa, à margem do evento.
Segundo aquele docente, uma saída possível seria apostar no setor primário, sobretudo no "cluster" do mar, não só devido à extensa linha de costa algarvia, como pela quantidade de centros de investigação existentes nesta área.
No que respeita aos concelhos algarvios com mais empresas, o "ranking" em 2013 era liderado por Loulé, com 1.450 empresas, e Faro, com 1.056 empresas.
No extremo oposto da lista estavam os concelhos de Alcoutim, com apenas 27 empresas, e Castro Marim, com 88 empresas.
Por: Lusa