Os teatros do Algarve decidiram cooperar entre si através da criação de uma “rede informal”, chamada AZUL, que tem como objetivo principal coordenar a programação e apoiar a criação e a produção cultural da região.

O anúncio foi feito hoje, em Faro, com a presença de pessoas ligadas ao setor, principalmente vereadores municipais e diretores de teatro, que desde há quase dois anos trabalham neste projeto.

Inicialmente, são 11 os teatros que fazem parte da AZUL (Rede de Teatros do Algarve), mas no futuro outros poderão aderir ao projeto, que vai incentivar a circulação artística, rentabilizando as infraestruturas existentes e reforçar a oferta cultural regional.

“O Algarve não tem escala. Se não estivermos unidos não chegamos a lado nenhum”, defendeu Joaquim Guerreiro, diretor do Teatro das Figuras de Faro (Teatro Municipal).

Fazem ainda parte da AZUL os Auditórios Municipais de Albufeira, Lagoa e Olhão, o Centro Cultural de Lagos, o Cine-Teatro Louletano, o Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), o Cine-Teatro de São Braz de Alportel, o Teatro Mascarenhas Gregório (Silves), o Teatro António Pinheiro (Tavira) e o Centro Cultural António Aleixo (Vila Real de Santo António).

A AZUL pretende ainda “valorizar e densificar” a criação cultural na região através do apoio a estruturas artísticas de cariz amador.

A pensar nisso, lançou um concurso para escolha de uma “criação original” no âmbito das artes performativas, a qual pode ser estreada em 2017-2017.

O grupo escolhido irá apresentar a sua obra na rede AZUL e receberá uma ajuda de sete mil euros.

Presente na apresentação da Rede de Teatros do Algarve, o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, sublinhou que a região tem de estar unida para conseguir vender mais bens culturais e assegurar assim a vinda de mais turistas fora da época alta, uma forma de combater a sazonalidade.

A diretora regional da Cultura, Alexandra Gonçalves, salientou que a criação da AZUL significa também que “hoje se fez história nos teatros do Algarve”.

 

Por: Lusa