«Um desespero completo.» É desta forma que João Cantiga Esteves, presidente da comissão especial de acompanhamento da privatização da TAP, adjetiva o estado da tesouraria da companhia aérea, cujo processo de privatização está a decorrer.

Ouvido na comissão de Economia e Obras Públicas, por requerimento do PS, João Cantiga Esteves classificou ainda como “urgentíssima” a necessidade de capitalização da companhia, defendendo estar “em causa a sobrevivência da empresa”.

“Vive-se um desespero completo de tesouraria, é andar o dia-a-dia em desespero”, afirmou o social-democrata, de acordo com a Agência Lusa, apontando números concretos da tesouraria da TAP: “Factura dois mil milhões de euros e tem um `free cash flow` [fluxo de caixa livre] de dois milhões de euros.”

Assim, torna-se ” muito significativo chamar a capitalização da empresa em primeiro lugar” aos critérios para a escolha do eleito para comprar a companhia aérea.

De recordar que existem nove critérios de escolha, de acordo com o caderno de encargos: capitalização, valor da oferta, projecto estratégico, cumprimento dor serviço público, contribuir para o crescimento, minimizar exigências ao Estado, experiência no sector, promover estabilidade laborar e estabilidade accionista.

João Cantiga Esteves defendeu, ainda, a confidencialidade do processo de privatização, sob pena de prejudicar o mesmo.

 

Por Publituris