«A propósito da Rocha da Pena» é o nome da exposição de Aline Nève que vai estar patente ao público no Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte, em Alte, de 24 de outubro a 31 de dezembro.

Vive gente na Rocha da Pena: a maior parte nasceu aqui, outras vieram doutros sítios de Portugal, de França, da Holanda, de Espanha, da Bélgica. Outros estão de passagem, amigos caminhantes, estudiosos da natureza, turistas, praticantes de desportos.

Há animais selvagens grandes como javalis, grifos, águias, texugos, raposas, outros mais pequenos como ouriços, doninhas, martas, ginetas, lebres, ratos, pássaros, cobras, cigarras, formigas, grilos, borboletas, louva-a-deus, libelinhas, abelhas, vespas, besouros, moscardos, moscas e mosquitos, aranhas, rãs, sapos, salamandras, caracóis, morcegos… e além destes, passaram muitos outros que entretanto desapareceram – ficaram os fósseis.

Outros juntaram-se aos homens: bois, cavalos, mulas, burros, cães e gatos.

Há plantas enormes e magníficas como a azinheira, o sobreiro e o pinheiro manso, outras mais modestas, a esteva, o tojo, a rúdia, o funcho, a erva-abelha, a rosa-albardeira, os cardos, o alecrim, a alfazema, o tomilho e com o homem vieram muitas outras… há lugares que mudam: casas, moinhos, valados, noras (lá se vão os alcatruzes), caminhos, fornos de pão e de cal, pocilgos e galinheiros.

Somos uma parte desta diversidade.

Aline Nève deixou o meu país natal, a Bélgica, há 27 anos, para se instalar na Rocha da Pena, à beira desta “montanha” fabulosa. “Mostro aqui alguns aspetos da vida do quotidiano, das descobertas e dos encontros que tenho a sorte de ter vivido”, diz a artista.

A exposição inaugura a 24 de outubro, pelas 16h00, e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h00. A entrada é livre.

 

Por: CM Loulé