Em Loulé, numa parceria com a Câmara Municipal através do Cineteatro Louletano, são sete os microprojetos que vão ser apresentados ao público entre 2 de novembro e 6 de dezembro: àmonstra, de Giovanna Garcia e Tiago de Sousa, Laboratório da Terra, de Nelson Martins e Bruno Palma, Lojas de Rua, de Miguel Ponte, Ponto a Ponto, da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, Aldeia-Também, da Associação AORCA, Lugar para toda a gente, de Rui Raposo e Ruben Guerreiro e És o dono do oxigénio, quanto cobras por um minuto de ar?, de Marlene Barreto e Madalena Palmeirim (mais informações aqui).
Os projetos foram concebidos maioritariamente por grupos de artistas ou pessoas ligadas à criação cultural e resultaram em diferentes atividades: uma conversa com piquenique em Alte, na Queda do Vigário, uma exposição e conversa também em Alte, um percurso performativo participativo na rua das lojas em Loulé, uma criação coletiva com conversa em Querença, um encontro prático e de reflexão inserido no Festival Contrapeso, em Loulé, um outro percurso ligado à ideia de (falta de) acessibilidade em Loulé, e uma performance documental.
A partir de uma ideia ou de um conceito, António Pedro Lopes e Patrícia Craveiro Lopes, mentores do ATOS nesta região, ajudaram a transformar as ideias em projetos, refinando as várias dimensões em cada um dos casos, partilhando ferramentas de pensamento, gestão e execução por forma a que os/as participantes pudessem não só criar como concretizar no terreno as visões de objetos de arte que incluíssem a participação da sociedade civil.
António e Patrícia destacam, em jeito de balanço, a diversidade de experiências, mundivisões, ideias, áreas de interesse e trabalho, e de relação com a cidade e com o lugar que este grupo de formandos/participantes/interventores traz consigo. Uma mais-valia para construir um lugar de encontro, conversa e intercâmbio.
Já Dália Paulo, diretora artística do Cineteatro Louletano, salienta o trabalho feito em conjunto com as estruturas artísticas na área da Cultura, nomeadamente às ligações entre artistas residentes e não residentes e a projetos colaborativos ou participativos. Para a responsável, este é um projeto brilhante: “O Atos veio proporcionar o trabalho a uma escala de proximidade, de atenção ao território e às suas especificidades, a microprojectos que valorizam o lugar, a pluralidade de olhares, criando uma rede futura de criações e desafios que permitem a continuidade”.
Para além dos projetos participativos, Loulé acolherá a 29 de outubro, pelas 18h00, no Palácio Gama Lobo, o Fórum ATOS, este ano com a curadoria de Elisabete Paiva, formadora e programadora cultural. Os Fóruns ATOS são espaços de debate, onde se procura aprofundar o pensamento colaborativo e o papel da sociedade civil na democracia cultural, desde o desenvolvimento de projetos participativos à definição de políticas públicas.
Aberto a toda a comunidade, mediante inscrição prévia (no site do Teatro Nacional D. Maria II, aqui), o Fórum ATOS implica debate e pensamento sobre questões identificadas em sessões exploratórias que tiveram lugar no início do verão, para além da apresentação de dois projetos, um da Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve e um outro de Álvaro Gouveia, da empresa CEI, de São João da Madeira (município parceiro do ATOS).
O ATOS é uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com as Câmaras Municipais de Loulé, Funchal, Lamego e São João da Madeira, o Teatro Micaelense e o _ARTERIA_LAB - Universidade de Évora.
CM Loulé










