A Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro inicia hoje a quarta edição do projeto “Ritmo para Todos – A Força”, com workshops de dança que permitem a participação de cidadãos com ou sem deficiência.

Hip-hop, dança contemporânea, danças latinas, dança oriental e dança africana são as propostas deste ano, que, segundo a organizadora, Vera Sério, atraem professores de vários pontos do país.

“O objetivo é criar workshops de dança com uma abordagem adaptada a pessoas com deficiência, porque todos podem dançar, com ou sem deficiência”, explicou, acrescentando que o projeto desafia alunos e professores.

No caso dos professores, o desafio passa por "desenhar" uma aula onde participantes, com ou sem deficiência, possam participar.

"Se eu estiver numa cadeira de rodas ou tiver paralisia cerebral e chegar a uma aula de dança, normalmente há uma série de barreiras que não é fácil ultrapassar nem para a turma, nem para a pessoa, nem para o professor", disse Vera Sério à agência Lusa.

Além da experiência vivida pelos participantes, onde além das aulas estão programadas atividades lúdicas e de convívio e troca de experiências, a organização pretende sensibilizar a comunidade para as potencialidades da pessoa com deficiência.

As aulas vão decorrer na sede da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) de Faro, mas o espetáculo final, no qual será apresentado o resultado das atividades, está marcado para a próxima segunda-feira, 30 de novembro, às 21:00, no auditório da delegação de Faro do Instituto Português de Desporto e Juventude.

Vera Sério explicou que a iniciativa termina a 01 de dezembro e decorre anualmente nesta época como forma de assinalar o dia 03 de dezembro, Dia Mundial da Pessoa com Deficiência.

As receitas de bilheteira do espetáculo revertem a favor da APPC de Faro e o projeto é cofinanciado pelo programa de financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR).

 

Por Lusa