A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DCIAP) e relacionado com uma investigação que se iniciou em outubro de 2014, deteve quatro homens, com idades compreendidas entre os 22 e os 37 anos, pela presumível prática dos crimes de falsificação de documentos, burla qualificada e branqueamento.
No decurso da investigação e da subsequente operação, que ocorreu nas zonas de Lisboa, Setúbal, Évora, Faro e Madeira, foram realizadas 11 buscas tendo sido apreendido diverso material informático e documentação com grande relevância probatória.
Os detidos, três de nacionalidade portuguesa e um estrangeiro utilizavam vários métodos fraudulentos, entre os quais a utilização de dados falsos de contas bancárias de privados, retirando dinheiro de contas de dezenas de pessoas colectivas e singulares. Outro dos esquemas fraudulentos consistia no desvio de pagamentos a prestar por organismos públicos a empresas prestadoras de serviços e fornecedoras de bens ao Estado, para contas por eles controladas, mediante a falsificação de dados dessas empresas.
O prejuízo até agora apurado ascende a cerca de 2 milhões e 100 mil euros, tendo sido lesadas empresas e diversos serviços do Estado, em todo o território continental, nomeadamente Câmaras Municipais, hospitais, institutos públicos e serviços centrais do Estado, em Lisboa, Setúbal, Matosinhos, Maia, Porto e Algarve.
No decurso da investigação foram apreendidos os saldos bancários de diversas contas tituladas pelos suspeitos, cujo valor ronda 1 milhão e 500 mil euros.
Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva a três deles e a medida de apresentações periódicas ao restante.
Por: PJ - Unidade Nacional de Combate à Corrupção