Os incentivos para os consumidores pedirem faturas e lhe associarem o seu NIF começaram em 2013 e têm sido reforçados anualmente, e os contribuintes têm respondido «à letra», já que no ano passado pediram mais 46% de faturas com a sua identificação do que em 2014.

Segundo o Dinheiro Vivo, no número total de faturas comunicadas o crescimento foi, no entanto, maior em 2014 que no ano passado: entre janeiro e novembro do ano passado foram emitidas e enviadas ao portal da Autoridade Tributária e Aduaneira 4.783 milhões de faturas emitidas em 2015, mais 7,2% que no período homólogo. Contudo, este número não retrata a totalidade do ano (faltam ainda as que têm data de dezembro), mas não deverá ultrapassar em muito os 4,8 mil milhões registado ao longo de 2014.

Os dados que comparam 2013 com 2014 revelam um quadro de subida bastante mais acentuada: de 4,2 mil milhões passou-se para os já referidos 4,8 mil milhões, escreve a publicação.

No que diz respeito ao universo das faturas que têm o NIF dos consumidores, os dados disponíveis revelam que entre 2013 e 2014 houve um acréscimo de 36%. Já de 2014 para 2015 o aumento está atualmente fixado nos 46,2%, podendo abrandar ou aumentar ainda mais consoantes os resultados que forem entretanto comunicados sobre as faturas emitidas em dezembro.

Incentivos para pedir fatura

Em 2013, os contribuintes particulares tiveram o primeiro incentivo em associar o seu NIF às faturas – as de gastos realizados com refeições em restaurantes, cabeleireiros e afins ou com as reparações do carro. Em troca, o Fisco oferecia (e continua a oferecer) um abatimento ao IRS equivalente a 15% do IVA suportado.

Já em 2014 arrancou o concurso “Fatura da sorte”, com o Fisco a atribuir um Audi A4 por semana. Ou seja, quem mais faturas juntar, mais cupões terá para serem sorteados.

No ano passado, com a reforma do IRS, o Fisco decidiu que somente as despesas com NIF podem ser descontadas ao IRS através das diversas gamas de deduções à coleta existentes. 

 

Por: Idealista