de deixar de fora Portugal da lista de destinos turísticos com os quais o Reino Unido vai abrir «corredores de viagem internacionais» não foi bem recebida pelos empresários do Turismo nacional, sobretudo no Algarve, região onde este é o principal mercado emissor internacional.
Para João Soares, diretor-geral do Dom José Beach Hotel e representante da Associação de Hotelaria de Portugal no Algarve, esta é uma decisão «incompreensível e injusta» que traz consequências para a região «sem precedentes».
O responsável justifica que «o impacto da decisão dos britânicos não viajarem para o Algarve é enorme, não só pelo que representam no destino, mas também pela má imagem que deixa de uma região que não tem praticamente casos de COVID-19», dando como exemplo os dados deste domingo que reportaram apenas quatro novos casos na região em 450 mil habitantes “e desde 16 de maio que não lamentamos qualquer morte”.
O responsável da AHP para a região algarvia perspetiva que esta decisão seja revertida, indicando que a associação está em conversações com o Governo e outros parceiros «para que esta situação se resolva rapidamente, apesar de muitas reservas já terem sido mudadas para outros destinos [concorrentes]».
«Vamos acreditar que esta semana temos boas notícias».
Para atenuar o impacto do mercado inglês, João Soares indica que o caminho pode passar pela aposta em «campanhas fortes em outros mercados emissores», mas também pelo apoio às companhias aéreas que têm voos para Faro e no convite da imprensa internacional ao destino para «mostrar a segurança da região e qualidade da mesma».
O empresário destaca que «é muito importante mostrar o Algarve que gera volume e não apenas os nichos» e lembra que a procura pelo destino tem «enorme incidência no produto sol e mar, também importante para segurar os postos de trabalho e minimizar o impacto desta crise. Com todo o respeito, não são nichos que geram emprego, os nichos são complementos, não o produto principal», realça.
Para João Soares é essencial «reforçar verbas e promoção generalizada na Europa», salientando novamente que o turismo «tem que ser dotado de mais verbas, televisão internacional e nacional, mais apoios às rotas». Concluindo, «mais verba e bem direcionada».
Por: Publituris