Inaugurado em 1998, o espaço tornou-se rapidamente um ponto de encontro de referência no Algarve, reunindo turistas, residentes e inúmeras figuras públicas, sobretudo do mundo do futebol.
O encerramento resulta de uma decisão pessoal dos proprietários e não de dificuldades financeiras. As filhas dos sócios não demonstraram vontade em continuar o projeto e Paulo China, rosto mais visível do 7 Café, optou por pôr um ponto final a uma etapa longa e intensa, motivado pela necessidade de abrandar o ritmo e dedicar mais tempo à família. Após ter enfrentado problemas de saúde durante a pandemia, reconheceu que era chegada a altura de “saber sair na hora certa”.
Apesar do fecho, o espaço não ficará vazio. Foi adquirido pelo fundo internacional Arrow Global, que detém já diversos ativos turísticos na região. Está prevista uma nova abertura para breve, embora o conceito que substituirá o histórico bar ainda não tenha sido divulgado.
Durante mais de duas décadas, o 7 Café distinguiu-se não apenas pela animação das suas noites, mas também pela proximidade e hospitalidade que oferecia a quem o frequentava. Paulo China era conhecido pela forma como recebia cada cliente, tratando-o como convidado especial, ajudando a resolver imprevistos, a garantir reservas de última hora ou até a proporcionar experiências inesperadas. Essa postura fez do espaço muito mais do que um bar: transformou-o numa verdadeira instituição da vida social algarvia.
Com o fecho do 7 Café, encerra-se um capítulo marcante da Marina de Vilamoura e da noite no sul do país. Fica o legado de um local que foi sinónimo de convívio e de memórias inesquecíveis para várias gerações de visitantes, e a expectativa quanto ao futuro que o novo projeto trará para este espaço tão emblemático.