O investimento rondava os 650 milhões de euros, mas os novos donos da Vilamoura World - a empresa que faz a gestão imobiliária da localidade algarvia - rejeitaram o projeto, alegando preferirem soluções mais sustentáveis para o ambiente.

O impacto ambiental negativo, recorde-se, foi declarado em novembro de 2020.

João Brion Sanches explica ao Expresso que “se nós queremos um produto com qualidade, com sustentabilidade, com baixa densidade, então não estamos, de certeza, a falar da Cidade Lacustre”.

O empresário espera que o termo Cidade Lacustre “morra de vez” e acrescenta que este “era um projeto de centenas de prédios à beira-mar, com um ambiente totalmente urbano. Nós acreditamos que isso não faz qualquer sentido”.

A zona está neste momento a ser estudada para serem encontradas novas alternativas. “Temos uma ideia geral do que queremos fazer, mas ainda estamos a equacionar. Nós chegámos, faz um mês dia 1 de julho, portanto há muitas coisas que ainda estamos a afinar, ajustar e avaliar internamente. Uma coisa sabemos, não vai ser aquele projeto. E um projeto desta natureza demora algum tempo a consolidar, a imaginar, a projetar”, acrescenta João Brion Sanches, que assumiu as funções de CEO da Vilamoura World recentemente.

O projeto turístico previa a construção de mil casas, entre moradias e apartamentos, e 2.400 camas turísticas, tudo distribuído por 195.000 metros quadrados (m2).