Depois de marcar o golo do triunfo caseiro sobre o Famalicão (2-1), no primeiro minuto de descontos do jogo da ronda anterior, o avançado espanhol saiu do banco de suplentes aos 87 minutos e selou o triunfo aos 90+2, num remate à meia-volta, a decidir um jogo emotivo e tenso, que teve ainda golos de Marco Matias (06) e de Gustavo Silva (47).
Com este triunfo, o primeiro da sua história em Guimarães, os ‘leões’ de Faro ocupam o 17.º lugar, com 27 pontos, mas mantêm a esperança de se manterem diretamente no escalão, já que o Estrela da Amadora, 15.º, soma 29, antes de receberem o Santa Clara, sexto, com 54, na derradeira jornada.
Também com 54 pontos, os vitorianos desperdiçaram a oportunidade de selar hoje o quinto lugar e o quarto apuramento seguido para a fase preliminar da Liga Conferência, pelo que a decisão fica adiada para a 34.ª jornada, na qual os minhotos visitam o líder Sporting, por sua vez em busca do bicampeonato.
A equipa de Guimarães criou um punhado de ocasiões flagrantes ao minuto três, com o guardião dos algavios, Kaique, a efetuar três defesas ‘milagrosas’ a remates de Nuno Santos e de João Mendes, todos no limite da pequena área, com um deles a ‘esbarrar’ ainda nos ‘ferros’.
Compacta na defesa, a equipa algarvia foi ‘letal’ na primeira saída para o ataque, com o ex-vitoriano Marco Matias a adiantar-se a Borevkovic pelo corredor central e a desviar a bola do alcance de Bruno Varela, ‘inaugurando o marcador’.
A feição do jogo mudou a partir daí, com a equipa treinada por Tozé Marreco a recuar ainda mais e a diminuir os espaços para a previsível reação do conjunto de Guimarães, que aconteceu, mas com uma circulação de bola que culminou quase sempre em cruzamentos intercetados pela defesa adversária.
A melhor ocasião até ao intervalo pertenceu aos ‘leões’ de Faro, com Bruno Varela a negar o golo a Samuel Justo, aos 26 minutos, num resto de primeira parte ainda marcado por várias interrupções, para assistência a jogadores algarvios caídos no relvado.
Em desvantagem, o treinador dos vimaranenses, Luís Freire, trocou Miguel Maga e Beni Mukendi por Bruno Gaspar e Vando Félix após o intervalo e ‘colheu’ os dividendos em menos de dois minutos, num cabeceamento certeiro de Gustavo Silva após livre cobrado na direita por João Mendes.
Mais rigoroso sem bola face aos 45 minutos iniciais, o Vitória permitiu menos contra-ataques ao Farense, recuperou mais vezes a bola em terrenos adiantados e quase selou a reviravolta por Chucho Ramírez, aos 59, num lance em que o venezuelano acertou mal na bola, e por Nélson Oliveira, aos 64, num cabeceamento travado por Kaique.
Os algarvios voltaram a ‘respirar’ melhor a partir do minuto 70, com algumas saídas em velocidade para o ataque, e beneficiaram de uma grande penalidade, após ‘pisão’ de Filipe Relvas a Rui Costa, aos 81, mas Rony Lopes atirou ao poste, na conversão, e o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, foi expulso após o lance, quando via o encontro junto ao túnel.
O jogo tornou-se um ‘carrossel’ de emoções nos 10 minutos finais, com o Vitória a atacar mais entre a ‘anarquia’ posicional no relvado, mas o Farense a revelar-se mais eficaz, num lance que mereceu vários protestos vitorianos, a reivindicar uma alegada falta sobre Borevkovic no segundo golo.
Lusa