O Município de Silves associa-se às comemorações do Dia Mundial da Poesia, assinalando esta data, no dia 22 de março, com duas iniciativas dirigidas aos alunos na Escola Secundária de Silves.

Assim, neste dia, terá lugar o Encontro com o jovem poeta Pedro Freitas ‘O Poeta da Cidade’, pelas 10h20, no auditório da Escola Secundária de Silves, dirigido aos alunos do 12º ano de escolaridade.

Neste encontro, Pedro Freitas, irá apresentar a sua forte vontade de divulgar a poesia, como forma de deixar um contributo para manter viva a memória daquilo que somos enquanto portugueses. A sua juventude, o seu entusiasmo, o seu gosto pela palavra escrita e dita, serão o mote para que neste encontro se fale da sua vida, e da sua carreira como algo de inspirador para outros jovens.

O espetáculo performativo poético-musical “Metafisicamente D’Outro Mundo”, sobe ao palco do Teatro Mascarenhas Gregório, pelas 15h30. Dirigido aos alunos dos 10º e 11º anos de escolaridade, este espetáculo apresentado por ‘O Poeta da Cidade’, alia as duas formas de arte mais transcendentes: a música, numa criação atmosférica quase divina, pelas mãos de Wake Up Sleep  (Cláudio Martins); e a palavra, a materialização da forma literária, num espetáculo poético que tenta mergulhar no sentido mais íntimo da questão: O que é um amor metafísico?

É um espetáculo  focado no despertar de um amor verdadeiro, no qual Pedro Freitas, mais conhecido como ‘O Poeta da Cidade’, decidiu tentar traduzi-lo naquilo que se tornou o seu primeiro livro de poesia, acabando por  reconhecer que a forma literária não foi capaz de condensar em si todo o significado deste amor, daí necessidade de transpô-lo para o palco e através deste formato intimista.

O Dia Mundial da Poesia visa promover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia através do mundo. Esta efeméride criada na 30ª Conferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999, pretende comemorar a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação

PEDRO FREITAS

Tudo começou quando uma prima lhe ofereceu o álbum “Pratica(mente)”, de Sam The Kid, quando estava no quarto ou quinto ano de escola. Os textos poéticos recitados no disco pelo pai do rapper, Napoleão Mira, fizeram com que aliasse o gosto pela escrita (que já tinha, uma vez que escrevia versos para a mãe ou namoradas da altura) ao da palavra dita.

Natural de Lisboa, cresceu em Loures. A mãe é educadora de infância, o pai polícia. Sempre tiveram hábitos de leitura normais, não sendo leitores ávidos mas também não completos desinteressados. Tal como a maioria dos amigos de Pedro, preferiam ler romances. Pedro sempre optou pelos poemas.

Em 2014, aos 16 anos, dá o seu primeiro passo mais à séria. Após ver um cartaz na escola, decide inscrever-se no concurso de leitura “Dá Voz à Letra”, da Fundação Calouste Gulbenkian. Participa, chega à final e, embora não vença, conhece a vice-diretora do programa de línguas da fundação, que o convida para outros eventos idênticos nos tempos que se seguem.

Em 2016, já era pago para atuar. Começou por recitar poemas de outros autores, mas não demorou muito até apresentar os próprios textos. Em 2017, participou no “Got Talent Portugal” a dizer poesia, conquistando alguma visibilidade. Passou na audição e chegou às galas ao vivo. No mesmo ano, começou a apostar nas redes sociais.