O Moreirense e o Portimonense empataram hoje a dois golos, num embate da 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol que ambas as equipas lideraram, em Moreira de Cónegos.

Os algarvios adiantaram-se aos 16 minutos, por Lucas Possignolo, os locais deram a volta, com tentos de Rafael Martins aos 23, e Steven Vitória, aos 35, mas a última ‘palavra’ foi dos forasteiros, com um tento de Dener, aos 83.

Com este resultado, o Moreirense, que falhou um penálti aos 90+4 minutos, por Steve Vitória, isolou-se no sétimo lugar, com 18 pontos, enquanto o Portimonense juntou-se no grupo dos nonos a Tondela, Rio Ave e Santa Clara.

I Liga/ Moreirense - Portimonense (ficha)

Moreira de Cónegos, Braga, 24 jan 2021 (Lusa) - Moreirense e Portimonense empataram hoje 2-2, em encontro da 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Moreira de Cónegos.

 

Jogo no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos.

Moreirense - Portimonense, 2-2.

Ao intervalo: 2-1.

Marcadores:

0-1, Lucas Possignolo, 16 minutos.

1-1, Rafael Martins, 23.

2-1, Steven Vitória, 35.

2-2, Dener, 83.

 

Equipas:

- Moreirense: Mateus Pasinato, Matheus Silva, Steven Vitória, Nahuel Ferraresi, Afonso Figueiredo (David Simão, 85), Ibrahima Camará (Galego, 85), Alex Soares, Filipe Soares, Yan (Lazar Rosic, 77), Rafael Martins (Lucas Rodrigues, 69) e Walterson.

(Suplentes: Kewin, Lazar Rosic, Lucas Rodrigues, David Simão, Abdoulaye Ba, Reynaldo, Galego e Gonçalo Franco).

Treinador: Vasco Seabra.

- Portimonense: Ricardo Ferreira, Fahd Moufi (Luquinha, 46), Lucas Possignolo, Maurício (Beto, 80), Koki Anzai, Willyan Rocha (Fali Candé, 46), Dener, Ewerton, Aylton Boa Morte, Bruno Moreira (Jafar Salmani, 86) e Fabrício (Anderson Oliveira, 46).

(Suplentes: Kosuke Nakamura, Anderson Oliveira, Beto, Henrique, Luquinha, Lucas Tagliapietra, Jafar Salmani, Fali Candé e Fernando).

Treinador: Paulo Sérgio.

 

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Alex Soares (76), Fali Candé (81), Filipe Soares (88), Beto (90+4) e Galego (90+5).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

 

Moreirense e Portimonense empataram hoje 2-2, num emotivo jogo da 15.ª jornada da I Liga de futebol, finalizado com um penálti do minhoto Steven Vitória defendido pelo algarvio Ricardo Ferreira nos descontos.

Em Moreira de Cónegos, os golos de Rafael Martins, aos 23 minutos, e Steven Vitória, aos 35, inverteram o tento inaugural de Lucas Possignolo, aos 16, mas Dener repôs a igualdade, aos 83, para, ao curto minto de compensação, derrubar Galego na área.

O defesa internacional canadiano dispôs de uma soberana ocasião para ‘bisar’ e diluir a toada de equilíbrio, mas permitiu a defesa de Ricardo Ferreira, deixando o Moreirense no sétimo lugar, com 18 pontos, três acima do Portimonense, 11.º.

A entrada enérgica dos algarvios, sinalizada logo aos dois minutos, num pontapé à meia volta de Fabrício parado por Mateus Pasinato, foi premiada aos 16, com a emenda de Lucas na linha de golo ao cabeceamento inicial de Dener à trave, após livre de Ewerton.

Os minhotos sentiam dificuldades para manobrar a bola no último terço, mas reagiram com tremenda eficácia aos 23 minutos, quando o goleador Rafael Martins aproveitou um corte defeituoso de Lucas Possignolo para bater Ricardo Ferreira de fora da área.

O empate abalou o ascendente do Portimonense, que deixou de articular setores, viu Filipe Soares atirar ao lado, aos 25 minutos, e permitiu a reviravolta do Moreirense aos 35, com a impulsão de Steven Vitória a corresponder na área ao livre de Yan pela esquerda.

A inversão do rumo dos acontecimentos coincidia com o crescimento exibicional dos pupilos de Vasco Seabra, cujas correções na pressão sobre o portador da bola e nos posicionamentos para abordar os duelos físicos tornaram a equipa mais agressiva.

Os anfitriões ainda dispuseram de nova oportunidade de ampliar a vantagem, aos 42 minutos, desenhando uma variação de flanco entre os irmãos Alex e Filipe Soares, que serviu na direita o toque de calcanhar de Walterson para o remate torto de Yan.

A formação de Paulo Sérgio surgiu no reatamento com uma tripla substituição e entregou o corredor esquerdo às acelerações de Fali Candé, em evidência aos 50 minutos, ao assistir um pontapé cruzado de Luquinha, afastado a soco por Mateus Pasinato.

O Moreirense ripostou dois minutos depois, pelos pés do irrequieto Yan, ao atirar de primeira por cima da baliza de Ricardo Ferreira, enquanto o Portimonense voltou a ameaçar aos 55, através de um remate desenquadrado de Koki Anzai pela direita.

A coesão minhota segurava o atrevimento dos algarvios, que espreitaram o empate num ‘tiro’ em arco de Bruno Moreira (67 minutos), reclamaram uma eventual mão na bola de Matheus Silva na área e deixaram Filipe Soares (71) a centímetros da estocada final.

Apesar de ter apostado numa linha de cinco defesas na reta final do jogo, a estratégia anfitriã ruiu aos 83 minutos, já que o capitão ‘alvinegro’ Dener voltou a ganhar nas alturas um livre lateral, desta feita assinado pelo inconformado Luquinha, e fixou o empate.

I Liga/ Moreirense - Portimonense (declarações)

 

Moreira de Cónegos, Braga, 24 jan 2021 (Lusa) - Declarações após o jogo Moreirense-Portimonense (2-2), da 15.ª jornada da I Liga de futebol:

 

- Vasco Seabra (treinador do Moreirense): “Por todos os turbilhões que foram acontecendo, o resultado acaba por se ajustar. Parece-me que a ponta de sorte podia ter caído para nós, não só pelo penálti falhado, que é a maior oportunidade de todo o jogo.

Mesmo com momentos de dificuldade na segunda parte, dispusemos de duas oportunidades claras para fazer o terceiro golo. Se fizéssemos o 3-1, o jogo morria. Não marcámos e acabámos por recuar mais do que o pretendido.

Não entrámos bem e estávamos com dificuldades para ligar mal recuperávamos a bola. Isso remeteu-nos lá para trás, mas, depois do golo do Rafael Martins, reagimos, demos a volta ao jogo e acabámos a primeira parte muito bem.

Na segunda parte, começámos a cair com o tempo. Não tivemos a frescura física necessária, mas vi uma atitude, entrega e vontade muito grandes. Alguns jogadores estavam a fazer 90 minutos pela primeira vez na I Liga e outros vinham de lesão.

Ainda é mais frustrante sentir que sofremos dois golos nascidos em livres. É óbvio que temos de melhorar na capacidade para defender bolas paradas. Temos de ser mais competentes para que a nossa folha fique sem golos sofridos e saia limpa”.

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “De facto, houve aqui muitas voltas nos ânimos. Seria injusto não levarmos qualquer ponto, mas o futebol não se compadece dessas coisas. Há que dar mérito ao Ricardo, que parou aquela bola [penálti].

O ponto é mais do que merecido e merecíamos ainda mais pelo que fizemos. A segunda parte foi toda nossa, com muita qualidade e risco. Já na primeira, a equipa retraiu-se a seguir ao golo, desacertou a pressão e o Moreirense empatou sem criar grandes chances.

Sofremos o primeiro golo num lance em que o Willyan está a entrar em campo e não estava ninguém no sítio certo para atacar a segunda bola. O que conta é que duas equipas com qualidade dividiram os pontos e somámos mais um na nossa caminhada.

Fase de maior confiança? Na semana passada perguntaram algo idêntico. São tantas peripécias em 15 jornadas que é difícil dar uma resposta concreta. Perdemos dois jogadores importantes, o Pedro Sá e o Lucas Fernandes, mas ninguém fala disso.

Como não controlamos algumas coisas, temos de nos focar no trabalho e acreditar que este é o caminho. Estamos a dar espaço para o aparecimento de jovens, que têm dado boa conta do recado. Melhor fase? Só acredito se vencermos na próxima semana.

Por vezes, eu não estou satisfeito com a resposta antes de sermos agredidos. Parece é que preciso estar a sofrer para pormos tudo lá dentro. Não é bom quando necessitas de estar a perder para exprimir tudo aquilo de que és capaz. Vamos trabalhar nisso.

A equipa entrou muito bem, mas reagiu mal ao golo que marcou. Foi correndo atrás do prejuízo e apresentou discernimento e qualidade para encontrar as melhores soluções. Temos de entrar por aqui e ser iguais a nós próprios do primeiro ao último minuto”.