Carlos Luís, presidente da Associação de Turismo do Algarve (ATA), no âmbito de uma apresentação do operador turístico online Sundio, que decorreu no Epic Sana Algarve, avançou aos jornalistas que “a maioria dos mercados tradicionais para o Algarve estão com crescimentos a dois dígitos”. Destes, especial destaque para o mercado francês que tem verificado um aumento substancial, também por ter partido de uma base mais baixa, mas também do holandês. Um mercado que, segundo o responsável, tinha decaído nos últimos três anos e que agora está a recuperar.
“Nada disto é estranho pelo que se tem passado no Mediterrâneo todo e nomeadamente com a Turquia”, realça, explicando que este aumento da procura pelo Algarve deve verificar-se nos próximos três anos, mas que, posteriormente, é necessário traçar um plano para os anos vindouros. Para já, Carlos Luís alerta que é necessário “ter em atenção à nossa performance este ano, pois vai ser a chave para os próximos”, no que diz respeito à experiência que o turista tem no Algarve para repetir o destino posteriormente.
Quanto ao facto deste aumento da procura por parte dos mercados internacionais condicionar a estadia do próprio turista português, o presidente da ATA, refere que “se calhar não vai ter tanta dificuldade, porque o que se trata é de ter camas a preços melhores e todos sabemos que quem paga melhor os preços no Algarve são os portugueses indiscutivelmente. Para esses, como para os outros que paguem melhor de qualquer outro país, é capaz de haver mais facilidade”.
Para Carlos Luís, um dos desafios que o destino tem pela frente é aumentar o preço médio, que tem vindo a crescer nos últimos dois anos, mas de forma a não condicionar a relação que as unidades têm com os operadores turísticos quer online, quer tradicionais. O preço médio “é uma ambição que acho que a hotelaria no Algarve tem como justa, na medida em que baixaram tanto os preços há anos”.
No que refere à implementação do sistema de ‘all inclusive’ no destino, algo ambicionado pelos operadores turísticos que encontravam este regime noutros destinos, o responsável considera que “não faz sentido na Europa, em destinos como o Algarve onde há tantos restaurantes ao lado dos hotéis, onde as pessoas podem sair à rua sem qualquer problema”, como a insegurança.
Por Publituris