Certificação a cargo da Comissão Vitivinicola do Algarve

A Comissão Vitivinícola do Algarve ( CVA)  tutela a partir de agora a certificação e o controlo  da produção de aguardente de medronho algarvio, sob a denominação “Medronho do Algarve IGP”. 

Para o Carlos Gracias, presidente da CVA,  este é o resultado de “um longo processo com vários intervenientes e vai permitir a entrada numa nova era de expansão, abrindo no futuro  horizontes para a consolidação dos diversos sectores envolvidos e dos respetivos agentes económicos, de uma forma sustentada”.

Com a publicação em diário da república de 8 de abril da respectiva autorização, a origem do medronho passa a ser cadastrada, o que evita situações em que o nome do Algarve esteja associado a produtos com medronho de outras regiões, por exemplo.

“É importante que  a aguardente de medronho produzida no Algarve  tenha uma Indicação Geográfica Protegida (IGP) . Assim, o consumidor quando bebe uma aguardente certificada, sabe que está a consumir um produto de qualidade, genuíno e com  características específicas, conclui o responsável da CVA.

Na prática, espera-se  certificar anualmente cerca de 20 mil litros de aguardente de medronho, mas esse número poderá chegar aos 50 mil litros, com a entrada de outros agricultores que paralelamente com a produção de aguardente, irão também comercializar o fruto em fresco e vender as ramagens, como subproduto, para elaboração de coroas de flores.

 

Sobre o medronho

Estima-se que no Algarve  existam mais de 100 destilarias de aguardente de medronho legalizadas. A grande maioria está em Monchique.

A aguardente de medronho é usualmente consumida como digestivo e popularmente tem até fama de contribuir para uma vida longa e saudável, fazendo inclusivamente parte de mezinhas tradicionais.


 

Por Eventos & Comunicação a Sul