O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso vermelho, (nível de situação meteorológica de risco extremo), o distrito de Faro devido à previsão de chuva forte entre as 09h00 e as 15h00 deste domingo, alertando o país e a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) de que haveria a previsão de Risco Extremo de "períodos de chuva forte e persistente".
Este aviso Vermelho, é consequência de uma depressão situada a sudoeste do território continental português que tem afetado e condicionado o tempo no centro e sul do país.
Segundo informação divulgada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera entre as 5h00 e as 14h00 choveram 102 litros (Média habitual seria para aquelas de 90 litros) por metro quadrado, acresce ainda de que entre as 12h00 e as 13h00 foi a hora em que mais choveu, os dados recolhidos, indicam 20 litros por metro quadrado, tendo portanto chovido nessas horas.
Entretanto, previsivelmente como consequência do mau tempo, apareceram as inundações em estradas, garagens e estabelecimentos comerciais, bem como quedas de árvores, que se abateu este domingo na região algarvia, em particular nos concelhos de Loulé, Faro, Silves, Albufeira e Portimão fazendo elevados prejuízos públicos e privados!
A ASPROCIVIL NÃO ENTENDE A FALTA DE ALERTA (da ANPC) SUPERIOR A AZUL
Sendo verdade que a caraterização urbanística, a dimensão e caraterísticas das redes de águas pluviais dos locais afetados, não foram capazes de responder a este tipo de eventos extremos, que acontecem ciclicamente (temos de refletir sobre que medidas as Câmaras podem tomar para prevenir estas situações) a ASPROCIVIL, não entende, como é possível, que a ANPC, tendo conhecimento da previsão de condições de Risco Extremo (Aviso Vermelho - IPMA) tenha mantido inalterado o Estado de alerta Especial Azul para aquela região.
Convém explicar, que para a estrutura da Proteção Civil, o que conta é o Risco (definido em Alertas pela ANPC) e não o Perigo (definido pelo IPMA), esta omissão de decisão, certamente levou a que a organização de Proteção Civil (Agentes da Proteção Civil (Bombeiros, Autoridades, Serviços Municipais de Proteção Civil etc..) demorassem mais tempo a responder operacionalmente ao evento que se abateu no sul do país.
Apela-se por isso à ANPC, que em casos semelhantes (Aviso de Risco Extremo), avalie as vulnerabilidades do Perigo apresentado pelo IPMA e defina o mais precocemente possível o Risco, determinando o respetivo nível de Alerta, seja em que dia, em que situação ou em que hora isto acontecer!
MANUTENÇÃO DAS MEDIDAS DE AUTO-PROTEÇÃO
Por fim a ASPROCIVIL REEITERA DE NOVO o apelo para o cumprimentos das medidas de prevenção e autoproteção para situações deste tipo a saber:
Redobrar nos cuidados de condução rodoviária, considerando a diminuição da visibilidade e da formação de lençóis de águas nas estradas.
Verificar a limpeza das redes de águas pluviais de forma a retirarem os materiais que diminuam a capacidade de escoamento;
Em caso algum entrar a pé ou em viaturas em zonas inundadas, pois prevenirá acidentes decorrentes da existência de buracos ou caixas de esgoto abertas;
Evite circular no interior das matas e florestas em especial sem companhia;
Ter em atenção o mobiliário urbano, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, ou mal fixas, que podem atingir pessoas, bens e animais;
Evitar permanecer junto de áreas arborizadas, ou com elementos suspensos;
Não pratique qualquer tipo de desporto na zona costeira ou ribeirinha, enquanto durar o alerta.
Caso circule na zona costeira e ribeirinha lembre-se que esta é propícia a ondas e cheias rápidas que podem levar ao arrastamento de pessoas e bens, devendo por isso evitar estes locais;
Se mora ou tem bens junto destas zonas previna a inundação e os estragos colocando a salvo os bens mais valiosos ou outros, passiveis de serem perigosos para as pessoas animais e ou ambiente retirando-os das zonas ou colocando-os em prateleiras altas.
Procure informações sobre a evolução do estado do tempo nos Agentes da proteção civil (Bombeiros, Autoridades) e nos serviços Municipais de Proteção Civil.
Se todos fizermos o trabalho de prevenção que nos compete, este e outros fenómenos que por vezes nos atingem, teriam um impacto muito menor.
Por: Asprocivil