A mesma inaugurará no próximo dia 24 de maio, pelas 21h30, podendo ser visitada até ao dia 31 de julho, de segunda a sábado, entre as 10h00 e as 18h00.
Em construção é a metáfora do processo criativo e, também, da vida, da contínua transformação que é o destino do Homem.
Se a obra de Mário Rita se desdobra em múltiplas fases construtivas, a instalação que se apresenta evoca a construção que evolui das trevas à luz, da “Descida da cruz”, esse fatal mundo de sofrimento e dúvida, à construção do “Novo Homem”, da morte do Eu-anterior ao renascimento do Eu-ulterior. Há um corpo que cai até ao abatimento, deixando para trás os sapatos com a poeira do caminho, largando os “Sudários” caldos, o suor e o sangue, porque é do despojamento que se renasce.
Mário Rita nasceu em Silves, em 1958, fez o curso de Artes Gráficas na Escola de Artes Decorativas António Arroio e licenciou-se em Artes Plásticas /Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Entre 1979 e 1983 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Com uma participação assídua em exposições coletivas, expõe individualmente desde 1983, em Portugal e no estrangeiro. Artista polifacetado e de nome firmado no domínio das artes plásticas, a sua obra tem sido distinguida com a atribuição de vários prémios, conquistando-lhe reputação nacional e internacional.
Eurico Gonçalves descreveu-o, em 1997, como “pintor de inegável qualidade e força expressiva, num âmbito de neo-expressionismo gestual”. O seu trabalho, desde então e através de sucessivas fases criativas, confirma-o.
