A gripe das aves voltou a ser confirmada em explorações comerciais no concelho de Torres Vedras, em Lisboa, e também numa ave selvagem, em Albufeira, indicou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Portugal conta agora com 44 focos confirmados só este ano.

Segundo a DGAV, em Torres Vedras, foi detetado um foco numa exploração comercial de patos de engorda na freguesia de Campelos e Outeiro da Cabeça.

Foi também confirmado um foco numa exploração comercial de frangos, na freguesia de A-dos-Cunhados e Macieira, onde, nos últimos dias já tinham sido detetados mais dois.

Só desde novembro, foram detetados seis focos em Torres Vedras.

A gripe das aves também afetou uma rola-turca (ave selvagem) em Albufeira, distrito de Faro.

Estes focos são todos do subtipo H5N1, que tem sido o mais frequente em Portugal.

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

A DGAV alertou para o “alto risco de disseminação” da gripe aviária e determinou o confinamento das aves domésticas em todo o território do continente.

Por outro lado, proibiu a realização de feiras, mercados, exposições e concursos de aves de capoeira e aves em cativeiro.

Nas zonas de proteção e vigilância, é proibida a circulação de aves a partir de estabelecimentos aí localizados, o repovoamento de aves de espécies cinegéticas, feiras, mercados e exposições e a circulação de carne fresca a partir de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de caça.

É igualmente proibida a circulação de ovos para consumo humano e de subprodutos de animais obtidos de aves detidas a partir de estabelecimentos localizados nestas zonas.

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) já tinha pedido aos países da União Europeia (UE) que reforcem as medidas de segurança contra a gripe das aves, após alertas de novos surtos.

 

Lusa