O Bairro 16 de Junho, localizado numa das zonas que mais tem crescido e valorizado na cidade de Olhão, vai renascer poucos metros ao lado do local onde existiu durante décadas, mas agora em vez de construções ilegais e sem condições, passarão a ser moradias bifamiliares com todas as comodidades.
“Hoje não estamos apenas a lançar a primeira pedra de um novo bairro; estamos a lançar a primeira pedra de uma vida nova para muitas famílias olhanenses”, disse ontem, por ocasião do lançamento da primeira pedra para a construção do novo bairro, o presidente do Município de Olhão, António Miguel Pina.
 
A cerimónia de ontem marca o início de uma obra que representa um passo decisivo na promoção da habitação digna no concelho. Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto prevê a demolição das antigas edificações e a construção de 64 novos fogos habitacionais em terreno localizado muito próximo do local onde atualmente os seus moradores vivem.
 
“Com o lançamento da primeira pedra desta obra, fechámos o ciclo da recuperação dos bairros ilegais e sem condições de salubridade no concelho. Depois de termos terminado com algumas barracas, com a ajuda do PRR vai ser possível realojar todas estas pessoas, que já foram identificadas. Será feito o realojamento de 54 famílias e vamos construir 64 fogos, o que quer dizer que ainda teremos alguma margem para outras situações que possam surgir”, revelou o edil durante a cerimónia realizada no local ao lado de alguns dos futuros moradores e onde as obras já começaram.
 
António Miguel Pina esclarece que “apesar de as pessoas recearem ser realojadas noutra zona da cidade, nunca foi essa a nossa intenção. Foi possível realojá-las aqui graças à família do Sr. António Guerreiro, que nos vendeu este terreno e a quem agradecemos, permitindo-nos fazer o realojamento a poucos metros do local onde viviam”.
 
A intervenção insere-se no âmbito do Programa 1.º Direito, que visa responder a situações habitacionais indignas, nomeadamente de insalubridade, insegurança e sobrelotação. As novas habitações serão disponibilizadas em regime de arrendamento apoiado, beneficiando diretamente cerca de 150 pessoas que cumprem os critérios de elegibilidade definidos.