A programação prevista pretende essencialmente divulgar a obra maior de Júlio Dantas – a sua produção dramatúrgica – e abordar a figura do literato e do intelectual duma forma envolvente e provocatória, paralela ao ambiente cultural e mental finissecular, e das décadas iniciais do séc. XX, em que produziu a sua obra mais original, mais popular e alvo de maior polémica.
Ao longo de toda a programação, que está dividida em quatro momentos marcantes (Março / Abril / Maio / Novembro), será sempre possível identificar este objetivo nuclear presente em todas as atividades – divulgar o autor e a sua obra, contextualizando-os no seu tempo histórico-cultural e político, de modo a que, ao ser lido, a sua escrita seja compreendida à luz da época e das suas escolhas estéticas pessoais, e o seu percurso intelectual e institucional possa ser entendido despojado da armadura preconceituosa e banalizante com que passa a ser visto a partir da circulação do folheto “Manifesto Anti-Dantas”.
O evento “Era uma voz sentida e quente – Fado Vadio em Homenagem à Severa e a Júlio Dantas” marca, em Março, o arranque das Comemorações dos 140 Anos do Nascimento de Júlio Dantas, a par do lançamento do livro “Dantas e a Severa”, da especialista em sociologia e em estudo de género, Elsa Vieira, a ter lugar no dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher (na Biblioteca Municipal, a partir das 21h00), e da realização de um Ciclo de Cinema dedicado ao universo feminino e às várias idealizações da Mulher, denominado “Femina: a Severa e as Outras” (Cinema às Quartas na Biblioteca Municipal, 21h00).
O programa contará ainda outros momentos ao longo do ano, nomeadamente com inaugurações de exposições (abril e maio), uma passagem de modelos (maio) e um festival de teatro (novembro).
Por CM Lagos