O executivo permanente da Câmara Municipal de Lagoa, liderado por Luís Encarnação, continua a trabalhar num dos principais objetivos definidos para o mandato de 2021-2025, que é a diminuição das perdas de água, através da substituição das principais condutas da rede de água, bem como da implementação das ZMC´S e outras intervenções e medidas que levem a atingir este objetivo. Assim, o Município de Lagoa deu início à II Fase desta intervenção, desta vez no subsistema da zona de influência do Ponto de entrega da Águas do Algarve - Reservatório Palmeirinha, com a criação de 47 ZMC´S e 7 Zonas de Pressão controlada (ZPC´S), bem como a substituição/renovação de algumas condutas, essenciais ao processo de controlo da rede.
Esta é uma intervenção financiada a 100% por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um custo superior a 1 milhão e setecentos mil euros e uma duração prevista de 12 meses. Este financiamento resulta de uma candidatura do Município de Lagoa ao PRR, com o enquadramento no Aviso de Financiamento nº 2/C09-i01-01/2023, a qual teve relevância estratégica, no âmbito da submedida do Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve (PREH) - SM1 – Reduzir perdas de água no setor urbano e priorizada na Componente C9 – Gestão Hídrica do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, assim como no Programa de Ação para a Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e no PGRH das ribeiras do Algarve, nos planos de suporte ao Ciclo Urbano da Água (PENSAAR2020) e no Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água.
Recorde-se que, no decorrer do ano de 2023, o Município de Lagoa já tinha feito uma intervenção semelhante, no território da Freguesia de Porches, no valor de 600 mil euros, também financiada pelo PRR.
Estas intervenções contribuem para a redução de ocorrências de falhas no abastecimento, para a redução do volume de água não faturada, para a redução do volume de perdas reais e aparentes de água, para a redução do volume de água importada pelo sistema e para a alteração da avaliação de qualidade de relevantes indicadores da ERSAR.
O controlo de perdas de água é fundamental para melhorar a eficiência das redes de abastecimento, garantindo a sustentabilidade ambiental e social a longo-prazo. A abordagem do problema das perdas tem como componente nuclear a setorização da rede de abastecimento. A setorização da rede, embora não incorpore diretamente o controle de perdas em si, é basilar para conhecer a distribuição espacial das perdas reais. Constitui assim, o ponto de partida para a aplicação de outros métodos, como seja, a gestão de pressões e técnicas de localização e reparação de fugas.
Fruto destas intervenções e do esforço e compreensão dos Lagoenses, o Município de Lagoa é o Município de Algarve com maior redução de consumos de água no setor urbano, durante o ano de 2023, face ao registado no período homólogo de 2022, segundo os dados apresentados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tendo reduzido o gasto de água em 3,8%.
“Esta é uma intervenção fundamental para continuarmos a reduzir as perdas de água no concelho, apesar de ter pouca visibilidade. Os resultados da APA demonstram que estamos no bom caminho e iremos continuar a trabalhar na substituição das principais condutas de abastecimento de água e na implementação de medidas que nos ajudem a atingir o nosso objetivo”, afirmou Luís Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Lagoa.