O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defendeu que os investimentos nos municípios financiados pela taxa turística deveriam "ter um selo" que os identifique.
“A taxa turística lançada num conjunto de municípios, que antecipo que venha a crescer, é indiscutivelmente uma marca que pode ser aproveitada para reduzir o ‘gap’ entre residentes e turistas”, afirmou Bernardo Trindade, que falava na tomada de posse dos órgãos sociais da AHP para o triénio 2025-2027, em Lisboa.
A taxa municipal turística é uma contribuição paga pelos hóspedes alojados num determinado município. Para o antigo secretário de Estado do Turismo, os investimentos nos municípios devem ter um selo que identifique que este foi financiado pela taxa turística.
Bernardo Trindade referiu ainda que, apesar da instabilidade política, o setor do turismo tem demonstrado a sua resiliência, ao apresentar bons resultados. Contudo, assinalou que ainda existe muito “preconceito, desinformação e ataque vil” ao setor, pedindo uma aproximação às pessoas para alterar esta situação.
O presidente da AHP disse também ser intenção da associação lançar, durante este mandato, um projeto-piloto para ter um membro residente “no Porto e Norte”.
Na mesma sessão, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, notou que, em muitos casos, a taxa turística tem hoje a sua filosofia “completamente alterada”.
No entanto, apontou que muitos dos investimentos do Turismo de Portugal demonstram a preocupação em demonstrar em que é que são investidas as receitas arrecadadas, dando como exemplo o mercado de Fátima.
“Os mercados são um ponto de atração turística. Aquela recuperação, na ordem das centenas de milhares de euros, não teria sido possível. As pessoas têm de saber que é possível investirmos as nossas receitas, aplicando-as […] na melhoria da condição de vida das pessoas”, apontou.
Lusa
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