Depois de ser diagnosticado com um problema nas córneas, Hélder Cavaco soube que a sua operação iria ser cancelada devido à pandemia da covid-19. Na altura, o paciente de 58 anos referiu ao nosso jornal que procurou um hospital particular e a operação «rondava os 8.000 euros cada olho [num total de 16.000 euros)».

Entretanto, Hélder Cavaco chegou a abrir uma conta bancária para angariar fundos, mas uma empresa algarvia disponibilizou-se a pagar a operação ao paciente que esperava há meses recuperar a sua visão. A EC Travel pagou a totalidade dos tratamentos e Hélder Cavaco mostrou-se desde logo agradecido a Eliseu Correia, responsável pela agência de turismo algarvia, com sede em Olhão.

Passaram então algumas semanas desde que noticiamos a oferta da empresa algarvia. Hélder Cavaco foi operado à córnea direita no dia 17 de março. Explica agora que “a operação correu bem. […] Tive alta no dia seguinte e depois da operação sentia ‘uma impressão’.” Contudo, o olho esquerdo está pior que o direito, segundo os diagnósticos dos médicos. A outra operação será daqui a 10 semanas, para dar espaço à recuperação de Hélder Cavaco. O olho direito já tem 30% da visão e com o tempo vai atingir a totalidade.

Apesar de referir que “a procissão ainda vai no adro”, o Salirense não deixa de lado agradecimentos a todos os que contribuíram para chegar até aqui: “Um especial agradecimento à AC Travel e ao senhor Eliseu Correia, foi ele que se disponibilizou para pagar a operação na totalidade. Queria agradecer também à Junta de Freguesia de Salir e ao Presidente Deodato João por todo o apoio, não só com o transporte, mas muito mais. Agradecer ainda aos Lions Clube Vilamoura que fizeram uma campanha em meu nome para angariar fundos. Junto ainda, claro, todas as pessoas que realizaram donativos para a conta solidária que criei. Quero agradecer o calor humano de familiares, amigos e à Voz de Loulé pelo apoio em colaborar com a minha causa”.

Quanto ao dinheiro da conta solidária, Hélder Cavaco faz questão de deixar claro que “será utilizado para deslocações e gotas”. Com cerca de 3 mil euros no banco depois dos donativos, afirma que “posso dizer que estou a gastar cerca de 200 euros em gotas para os olhos”. Será uma grande ajuda para o paciente, que desde 2019 se encontra sem trabalhar devido à pandemia de covid-19.

 

Filipe Vilhena