Este é um dos dados presentes no relatório da Universidade Nova de Lisboa que analisou a realidade de cerca de 125 mil professores que no ano letivo de 2012/2013 davam aulas a alunos desde o pré-escolar até ao ensino secundário.
Em média os professores das escolas públicas portuguesas tinham 47,2 anos, mas os investigadores encontraram histórias de docentes com 21 anos e outros já com 70, segundo o estudo "Instituições de Formação e Classificação dos Docentes da Educação Pré-Escolar e Ensino Básico e Secundário”.
O relatório indica que havia 4.091 professores com mais de 61 anos (3,3% do total) e era essencialmente entre estes que se encontravam os docentes com o antigo curso do magistério primário, alguns dos quais tinham concluído o curso já no início da década de 60 (em 1963).
Assim, 4.084 professores (2,5% do total dos inquiridos) tiraram o curso do magistério primário que, durante meio século, "desde a data da sua criação em 1930 até ao final da década de setenta do século passado, consistia no único curso que permitia a aquisição de habilitação profissional para o ensino primário", refere relatório que será hoje apresentado em Faro durante o seminário "Formação Inicial de Professores.
Nos anos 80, estas Escolas do Magistério Primário foram substituídas por Escolas Superiores de Educação “enquadradas no ensino superior politécnico, permitindo aos professores do ensino primário uma formação superior, primeiro ao nível do bacharelato, mais tarde, ao nível da licenciatura”.
Com o avançar dos anos e a obrigatoriedade legal de ter mais formação para dar aulas os novos professores foram chegando às escolas já com licenciaturas e mestrados. Atualmente, a grande maioria dos professores (72,6%) tem uma licenciatura e um em cada dez tem um bacharelato (11,6%).
A maioria dos professores das escolas portuguesas pertence aos grupos etários entre os 41-50 e os 51-60 anos, independentemente da idade dos alunos a quem dão aulas, revela o relatório que será apresentado na Universidade do Algarve, no âmbito do seminário promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
No que respeita ao vínculo contratual, naquele ano, 84,1% dos docentes pertenciam aos quadros enquanto os restantes 15,9% eram contratados.
Por Lusa