Realiza-se hoje, dia 26 de janeiro, a greve dos professores no distrito de Faro, que vai reunir docentes de todas as instituições algarvias.

Pelas 10:30 horas, o Secretário-geral Adjunto da FENPROF, José Feliciano Costa, juntar-se-á aos professores e educadores em greve, que irão concentrar-se no Largo do Mercado em Faro. Nesse espaço será distribuído à população um Manifesto com as razões da sua luta e recolherão assinaturas de solidariedade com a luta dos Professores. Os docentes desfilarão depois até à rotunda próxima ao shopping Fórum Algarve.

A greve distritos começou no passado dia 16 de janeiro e prolonga-se por 18 dias.

Depois de Lisboa, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra e Évora, é a vez do distrito de Faro. A greve continua depois no distrito da Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, terminando a sequência no Porto a 08 de fevereiro.

A greve das oito organizações sindicais realiza-se em simultâneo com outras duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que se iniciou em 09 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até ao final do mês de janeiro, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que deverá prolongar-se até fevereiro.

Esta greve tem sido sentida por todo o país e a região algarvia acompanha a tendência.

Melhoria dos salários e condições de carreira, assim como as dificuldades na mudança de escalão e o congelamento do tempo de serviço são os principais motivos da greve. Os professores mostram-se ainda contra as propostas de alterações ao modelo de concurso de colocação. O Governo pretende criar um novo modelo de gestão e recrutamento de docentes, baseado no seu perfil e necessidades do agrupamento. Deste modo, um professor pode dar aulas em várias escolas do mesmo concelho. Este novo modelo de contratação, segundo o Ministério da Educação, traria maior estabilidade aos docentes, uma vez que a sua integração seria decidida por conselhos locais de diretores, que não iriam contratar diretamente docentes.

O nosso jornal acompanhou o desfile de professores até à Câmara Municipal de Loulé, antes da concentração em Faro.

 

Por: Filipe Vilhena