A 3.ª edição do Festival Internacional de Teatro Físico do Algarve (MOMI), que se vai realizar em Faro de 06 a 09 de novembro, vai ter uma programação «variada e equilibrada», sublinharam ontem os organizadores.

“É uma programação muito variada e muito equilibrada, na nossa opinião”, disse Miguel Martins Pessoa, um dos diretores artísticos do Janela Aberta Teatro (JAT), uma companhia profissional de teatro da capital algarvia que organiza o festival.

O responsável pela programação afirmou, na apresentação da edição de 2025 do MOMI, que “o objetivo é que toda a cidade [de Faro] esteja envolvida no festival” que irá apresentar espetáculos de companhias que virão de França, Alemanha, Turquia, Portugal e Chile.

O teatro físico é uma forma de teatro em que o corpo é o principal meio de expressão, mais do que o texto falado, com a movimentação, gestos, expressões e presença física dos intérpretes a contarem a história e a transmitirem emoções.

Segundo os organizadores, a edição de 2025 do MOMI irá trazer ao Algarve nomes de referência neste setor, como Maguy Marin, Leïla Ka, Mimo Tuga e Peripécia Teatro, entre outros criadores portugueses e estrangeiros.

“O teatro físico é uma coisa que as pessoas conhecem, mas não associam o nome à pessoa, porque as pessoas adoram o mister Bean, adoram o Chaplin, adoram o cinema mudo”, disse o comediante Pedro Tochas, o embaixador do festival MOMI, que também irá apresentar um espetáculo seu.

Os organizadores asseguram que o MOMI afirma-se como “um festival onde o corpo é motor de reflexão e encontro, juntando diferentes linguagens da dança ao circo contemporâneo, do mimo ao teatro físico - num diálogo plural e atual”.

A 09 de novembro, às 19:00 no Teatro das Figuras, o festival encerra com Maguy Marin que apresenta "May B", uma peça considerada “icónica da dança contemporânea” inspirada na obra de Samuel Beckett, com mais de 40 anos de circulação internacional.

Outro ponto alto, apresentado também no Teatro das Figuras, às 21:30 de 07 de novembro, será "Maldonne", de Leïla Ka, a nova estrela da coreografia francesa, com estreia absoluta em Portugal.

“A performance coreográfica, intensa e repleta de simbolismo, convoca questões de género e liberdade através de um universo físico e poético”, segundo a informação dada pelos organizadores.

Uma chamada de atenção para Ibéria, da companhia transfronteiriça Peripécia Teatro, descrita como “uma comédia irreverente sobre as relações luso-espanholas, celebrando os 20 anos da companhia com uma criação plena de música, ironia e memória”, que será apresentada no Teatro Lethes, a 08 de novembro às 21:00.

O chileno Mimo Tuga, vencedor do Prémio do Público na edição de 2023 do MOMI, regressa às 15:30 de 08 de novembro ao Largo do Carmo, com a estreia em Portugal de "Y Ahora Qué?", um espetáculo de rua que “combina humor, crítica social e forte presença visual, apresentado em espaços emblemáticos da cidade de Faro”.

Uma referência ainda ao espetáculo, às 19:00 de 06 de novembro no Teatro Lethes, que abre o festival, o Palhaço Escultor, de Pedro Tochas, que “constrói uma história de amor sem dizer uma única palavra…”.

 

Lusa