A religiosa, de 75 anos, faleceu na última quarta-feira ao final da tarde no Hospital de Faro, vítima de doença do foro hepático que lhe foi diagnosticada recentemente.
O funeral da consagrada realiza-se hoje pelas 14.30h na igreja do Pé da Cruz, em Faro, onde o corpo está desde esta manhã em câmara ardente, sendo a missa exequial presidida pelo vigário geral cónego Carlos César Chantre. Dali, o féretro seguirá para o Cemitério de Esperança, ficando o corpo da religiosa sepultado em Faro.
Em novembro passado, a propósito da celebração dos 50 anos da sua consagração religiosa, a irmã Lúcia Nunes, tendo uma memória agradecida do passado, mostrava-se disposta a viver o presente com aquilo que Deus lhe proporcionasse e com esperança no futuro. “Vivo de esperança num futuro que só o Senhor é que sabe e que me dará aquilo que é melhor para mim”, afirmou na altura.
A religiosa, natural da freguesia de Santo Antão, concelho da Calheta, na Ilha de S. Jorge (Açores), foi uma das consagradas que teve o privilégio de conviver com os fundadores do seu instituto religioso, Maria das Dores Paes de Sande e Castro, que viria a ser a madre Maria da Santíssima Trindade, e D. Moisés Alves de Pinho, então provincial da Congregação do Espírito Santo.
Após a consagração religiosa no dia 21 de agosto de 1965, seguiu para África. Em Angola permaneceu até 1975. O regresso a Portugal aconteceu por causa da Revolução de Abril, e quando chegou foi destinada para rumar a Itália. Perto de Milão trabalhou, de 1975 a 1982, numa casa de acolhimento que recebia grupos. Depois foi para Roma até 2000, para uma casa dos padres claretianos que acolhe irmãs que fazem formação.
No ano 2000 regressou a Portugal, para trabalhar em Fátima, no Centro Catequético, uma casa para acolhimento e formação de catequistas, onde esteve até 2013, altura em que foi para a comunidade de Aveiro, tendo um ano depois vindo para o Algarve.
Para além de pertencer à comunidade algarvia, em Faro, da sua congregação religiosa, em 2014/2015 colaborou na catequese da comunidade do Imaculado Coração de Maria da paróquia da Sé de Faro, junto à casa das Missionárias da Caridade, conhecidas como irmãs de Teresa de Calcutá. Neste ano pastoral de 2015/2016, por se sentir “um pouco mais debilitada” não exerceu esse trabalho, mas ainda visitou algumas pessoas idosas.
Por: Folha do Domingo