Ala dos Namorados sobem ao palco do CineTeatro Louletano nos dias 19 e 20 de março

A Voz do Algarve – O «Tour Felicidade», na estrada desde o ano passado, traz a palco êxitos de 20 anos de carreira da Ala dos Namorados. Como foi feita a seleção desses temas?

Ala dos Namorados – Dada a longevidade do grupo, é realmente necessário fazer algumas opções quando escolhemos um alinhamento. Claro que há canções incontornáveis que não podemos deixar de tocar, e se fôssemos tocar todas as canções de que mais gostamos, o concerto seria demasiado longo. Assim, conjugamos as canções mais conhecidas, com as do novo reportório e com algumas da carreira do grupo, eventualmente menos conhecidas mas em nada menores. O denominador comum a todas elas é o prazer que este grupo de músicos tem em tocá-las e que esse prazer passe para o público.

Alem disso, o reportório que tocamos é transversal em relação à carreira do grupo, embora haja mais canções da atualidade. O atual alinhamento dá-nos imenso prazer e funciona muito bem com o público. Felizmente temos um reportório extenso. É sempre fácil ir fazendo algumas alterações aos nossos alinhamentos.

 

V.A. – Fale-nos um pouco desse novo reportório, também presente nesta tour.

ALA. – Tal como nos anos anteriores, quando partimos para a gravação de canções originais, essas canções acabam por ser um reflexo do que somos ou pensamos e sentimos no momento. O cerne é sempre a música, independentemente da “carga comercial”, seja lá isso o que for, que possa ter. Nunca a composição neste grupo se subordinou a qualquer influência que não fosse rigorosamente artística, quer ao nível da música ou dos textos. Aliás só assim faz sentido. No caso da coleção de canções a que chamámos FELICIDADE, mesmo não sendo um disco especialmente alegre, é feliz e essa felicidade reside precisamente no prazer que temos em compor, gravar e finalmente tocar as canções em público. Na época social e culturalmente conturbada que atravessamos e em que a música em particular é quase descartável, ou pelo menos muito efémera, cada vez mais se não for o prazer intrínseco da música desde a composição à sua apresentação em palco, pouco mais resta. A ALA é um grupo afortunado, pois ao fim de 20 anos continuamos a fazer passar para as pessoas a nossa música, o que é também a razão de ser de tudo isto.

 

V.A. – Como tem sido a reação do público a esses novos temas?

ALA –Temos tido uma excelente reação às nossas novas canções. Neste momento, para além das canções do “Felicidade” e dos outros álbuns da nossa carreira, estamos já a apresentar novas canções. A tour está no início, mas a reação tem sido ótima.

 

V.A. – Brevemente estarão no palco do Cine Teatro Louletano. Este será um espetáculo com algo de especial por se tratar da «casa» de Nuno Guerreiro?

ALA – Qualquer concerto é sempre único, embora este, por ser em Loulé, onde somos sempre magnificamente recebidos e por ser a “casa” do Nuno, acaba por ter qualquer coisa de especial. É sempre uma responsabilidade acrescida apresentarmo-nos em casa e sendo o Nuno um homem com muito orgulho nas suas origens e um cantor que dá tudo, não temos dúvidas que estes concertos vão ser especiais. Foi também uma belíssima surpresa para nós, saber que esgotámos a sala no dia 19 de março e temos uma data extra no dia 20 março, domingo, à tarde. Vão ser dois belos concertos.

 

V.A. – Existem já novos projetos para a Ala dos Namorados, depois de «Felicidade»?

ALA – Existem sim, e vamos estrear algumas canções novas em Loulé. A ideia é ter um disco mais para o fim deste ano, mas é ainda prematuro falar muito sobre ele. Gostamos também do fator surpresa...

 

V.A. – Que mensagem gostariam de deixar ao público louletano?

ALA – Queremos convidar todos os louletanos, e não só, a estarem presentes nestes concertos de dia 19 e 20 de março, pois não temos dúvidas que vão gostar e passar uma noite e uma tarde diferentes.

 

Por: VA