Maria Malveiro foi encontrada morta na cela, em circunstâncias desconhecidas. A jovem é uma das acusadas pelo homicídio de Diogo Gonçalves, de 21 anos, desmembrado em março de 2020.

A mulher estava a cumprir pena de 25 anos de prisão, em Tires, e o advogado confirmou à SIC que a cliente foi encontrada morta na cela. Avança ainda o canal, que a mãe de Maria Malveiro terá sido informada pelo estabelecimento prisional por volta das 14:00 desta quarta-feira.

Está agora em curso a investigação do caso e aguarda-se o resultado da autópsia.

Recorde-se que foi em abril deste ano que o tribunal considerou Maria Malveiro como autora de um crime de homicídio qualificado, que lhe valeu a condenação de 23 anos de prisão; um crime em coautoria de profanação de cadáver (dois anos); um crime de furto (dois anos); dois crimes de acesso ilegítimo (20 meses, dez meses por cada um dos crimes); um crime de burla informática e de comunicações na forma continuada (dois anos); um crime de uso e furto de veículo (um ano); e um crime de detenção de arma proibida (dois anos).

O jovem foi morto por asfixia, em março de 2020, num plano delineado por Maria Malveiro e Mariana Fonseca para se apoderarem do dinheiro que Diogo Gonçalves recebera de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016, em Albufeira.

A vítima, segundo o acórdão, sofreu momentos de grande sofrimento e dor antes de morrer, uma vez que tinha plena consciência do que lhe estava a acontecer.

O tribunal manifestou a convicção de que o plano não incluía a morte do Diogo Gonçalves, mas sim o apoderamento do dinheiro. Quanto a Mariana Fonseca, o tribunal decidiu condená-la a quatro anos, decretando a sua restituição imediata à liberdade, já que os crimes que lhe são imputados não são passíveis de configurar a aplicação de prisão preventiva.

 

Por: Filipe Vilhena

 

NOTÍCIA RELACIONADA: 

Acusada de coautoria da morte de homem no Algarve atribui crime a ex-companheira