Financiamento até 80% do valor da compra ou do imóvel (o menor de ambos) para habitação própria secundária ou arrendamento.

São muitos os portugueses que continuam a recorrer ao banco para comprar casa. E a banca, por seu turno, mantém-se disponível para emprestar, apesar do Banco de Portugal (BdP) estar atento ao tema e ter definido, recentemente, novos limites aos empréstimos. Mas não são só os cidadãos portugueses que procuram crédito habitação. Na rubrica ‘Crédito habitação do mês’ mostramos as principais condições oferecidas por vários bancos e instituições financeiras especialistas na concessão de empréstimos para a compra de casa em Portugal. No mês de março, falamos sobre a oferta do Novo Banco para clientes não residentes. 

No caso dos clientes do Novo Banco não residentes, destaque para a existência de uma oferta competitiva de produtos, como por exemplo o financiamento até 80% do valor da compra ou do imóvel (o menor de ambos) para habitação própria secundária ou arrendamento. 

«Para os clientes obterem a bonificação máxima de spread basta terem créditos regulares em conta e contratarem os seguros de multirriscos para obter a máxima bonificação», referem os especialistas do idealista/créditohabitação.

Prazo máximo até 30 anos…

No caso concreto da oferta do Novo Banco para clientes não residentes, destaque para o facto do prazo máximo do crédito habitação ser até 30 anos, desde que não exceda os 75 anos de idade do titular mais velho.

Relativamente ao spread (margem de lucro do banco) começa nos 1,20% (com bonificação máxima). Também a Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) tem bonificação máxima, começando nos 1,10%. Destaque ainda para, no caso da vinculação, haver isenção do seguro de vida. 

Novos prazos no crédito habitação em abril

A partir de 1 de abril de 2022, os novos créditos para a compra de casa terão uma maturidade máxima de 40 anos para os clientes bancários com idade igual ou inferior a 30 anos. Já os contratos com clientes com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos terão um prazo máximo de 37 anos. Por fim, no caso dos mutuários com idade superior a 35 anos, a maturidade máxima do financiamento do banco desce para 35 anos. Estas são as novas recomendações do BdP quanto à maturidade dos créditos habitação.

O objetivo é, segundo o supervisor e regulador bancário, ambicionar «a convergência da maturidade média dos novos contratos de crédito habitação para 30 anos até ao final de 2022». 

De acordo com o BdP, o objetivo é que “as instituições não assumam riscos excessivos na concessão de crédito, de forma a reforçar a resiliência do setor financeiro a potenciais choques adversos, e promover o acesso a financiamento sustentável por parte dos consumidores, minimizando o risco de incumprimento”.

Negócio do crédito habitação ao rubro

Os dados mais recentes do BdP confirmam, de resto, que os bancos continuam a ser os melhores amigos dos portugueses na hora de comprar casa. Em janeiro de 2022, o montante total de crédito habitação concedido aumentou 4,5% face ao mês anterior, para 97 174,8 milhões de euros, mais que em dezembro de 2021 (92 929 milhões de euros) e no período homólogo (95 278,2 milhões de euros).

No que diz respeito à concessão de novo crédito habitação, abrandou no primeiro mês do ano face aos meses anteriores, para 1.187 milhões de euros. Trata-se de um valor inferior ao registado em dezembro de 2021 (1.458 milhões de euros) e superior ao verificado no período homólogo (968 milhões de euros). É, no entanto, o valor mais elevado dos últimos anos no primeiro mês do ano. 

 

Por: Idealista