Os custos de construção de casas novas têm vindo a acelerar mensalmente em Portugal, tendo voltado a aumentar em agosto 3,8% em termos homólogos, segundo dados divulgados esta quarta-feira (8 de outubro de 2025) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em agosto de 2025, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 3,8% em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais (p.p.) abaixo do mês anterior”, indica o INE.
Segundo o gabinete nacional de estatísticas, os preços dos materiais apresentaram uma variação de 0,9% (1,5% no mês anterior) e o custo da mão de obra aumentou 7,3% (-1,2 p.p. face a julho). “O custo da mão de obra contribuiu com 3,3 p.p. (3,9 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) e os materiais registaram um contributo de 0,5 p.p. (0,8 p.p. em julho)”, lê-se na nota.
Preço de vidros e espelhos acelera
Entre os materiais que mais influenciaram positivamente a variação agregada do preço estão os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30%, e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização e o betão pronto, com uma subida de cerca de 5%, destaca o INE.
Em sentido inverso encontram-se os betumes e os produtos cerâmicos, com uma descida de cerca de 10%. Já os tubos de PVC, a chapa de aço macio e galvanizada e as tubagens de aço de ferro fundido e aparelhos para canalizações registaram uma queda de cerca de 5%.
Relativamente à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de -0,3% em agosto de 2025, sendo 0,8 p.p. inferior à registada em julho, revela o INE, salientando que tanto o custo dos materiais como o da mão de obra desceram 0,3%.
“A mão de obra contribuiu com -0,1 p.p. para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN, enquanto a contribuição do preço dos materiais foi de -0,2 p.p. (0,3 p.p. e 0,2 p.p. em julho, respetivamente)”, conclui o INE.
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