Os custos de construção de casas novas em Portugal continuam a subir em termos homólogos, ainda que a menor ritmo, mês após mês. Um cenário que tem, depois, impacto direto nos preços das casas que chegam ao mercado. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que os custos de construção de habitação nova aumentaram, em maio, 2,8% em termos homólogos. Uma subida homóloga inferior à registada em abril e março: 3,2% e 6,2%, respetivamente.
“Em maio, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 2,8%, taxa inferior em 0,4 p.p. à observada em abril. Os preços dos materiais apresentaram uma variação de -0,7%, acentuando a redução em 0,7 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, e o custo da mão de obra aumentou 7,7% (7,9% em abril)”, revela o INE, no boletim divulgado esta sexta-feira (7 de julho de 2023).
Segundo o instituto, 0 custo da mão de obra contribuiu com 3,2 p.p. (tal como no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e a componente materiais com -0,4 p.p. (0,0 p.p. no mês anterior).
Preço do cimento e do betão pronto disparam
Entre os materiais que mais influenciaram positivamente o preço estão o cimento e o betão pronto, com crescimento homólogo superior a 20% e 15%, respetivamente, indica o instituto. Já as madeiras e derivados de madeira tiveram variações superiores a 15%.
“Em sentido oposto, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada apresentaram decréscimos de cerca de 30% em termos homólogos”, lê-se na nota.
Relativamente à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi nula (0,0%) em maio (-0,1% em abril), tendo o custo dos materiais descido 0,4% e o da mão de obra subido 0,4%.
“As componentes materiais e mão de obra contribuíram com -0,2 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,1 p.p. e 0,0 p.p. em abril, pela mesma ordem)”, explica o INE.
Por: Idealista