O presidente do sindicato, Albano Ribeiro, apresentou ontem uma proposta neste sentido na audiência com o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva.
“Há centenas de trabalhadores [do setor] que começaram a trabalhar aos 12 anos e têm uma carreira contributiva de mais de 50 anos de descontos que estão a morrer, debilitados, antes da idade de reforma”, numa situação que “não é humana”, disse Albano Ribeiro, em declarações à Lusa.
Segundo o responsável, “os trabalhadores da construção, por problemas músculo esqueléticos, não têm condições físicas a partir de determinada idade para estarem a trabalhar enquanto os trabalhadores das pedreiras, além da surdez e semi-surdez, são afetados pelo problema da silicose”, devido à reiterada inalação de poeira de grãos siliciosos.
No que diz respeito aos trabalhadores da construção que emigraram, nomeadamente para Angola, o presidente do SCP revelou que muitos estão agora a viver uma “situação muito grave” e “ainda pior” do que quando emigraram: “[Muitos estão] a ser despedidos por email”, contou.
Por Idealista