Se quer descobrir a resposta, continue a ler: vamos explicar de forma simples e direta tudo sobre consolidação de créditos e quando pode ser a melhor solução para a sua vida financeira.
O que significa consolidar o crédito?
Consolidar créditos significa juntar dois ou mais créditos ao consumo num só, recorrendo a um crédito consolidado.
Na prática, trata-se de um novo financiamento, com um montante igual ou superior ao total em dívida, e com um prazo de reembolso diferente, mais alargado.
Após aprovação, a instituição financeira liquida os créditos existentes e o cliente fica com apenas uma prestação mensal, normalmente mais baixa e com um novo plano de pagamento perante uma única entidade.
Além da poupança direta, a consolidação de crédito também permite, em muitos casos, obter um valor adicional de financiamento, que o cliente pode utilizar livremente.
Em termos de montantes e prazos, os valores variam entre 5.000€ e 75.000€, e os prazos de pagamento entre 24 e 84 meses.
Quais as vantagens de consolidar os seus créditos?
A principal vantagem é a redução da prestação mensal, o que alivia de imediato a sua taxa de esforço.
Outros benefícios incluem:
- Ficar com apenas um crédito e um credor;
- Alargamento do prazo de pagamento, permitindo distribuir o valor total por mais meses;
- A prestação mensal passa a vencer sempre na mesma data, facilitando a organização do orçamento;
- Possibilidade de obter um montante extra para novos projetos ou necessidades urgentes.
Em que situações é que a consolidação de crédito é a melhor opção?
Se tem várias dívidas e não sabe se deve consolidá-las, comece por calcular a sua taxa de esforço, que mostra o peso das dívidas no rendimento mensal da família.
Fórmula da taxa de esforço:
Taxa de Esforço = (Encargos mensais com créditos / Rendimento mensal do agregado) x 100
Segundo o Banco de Portugal, uma taxa de esforço acima dos 35%-40% é um sinal de alerta.
Exemplo prático:
- Rendimento mensal total: 2.200€
- Dois créditos ao consumo no total de 12.000€, com prestações mensais de 930€
- Taxa de esforço: (930 / 2.200) x 100 = 42,2%
Neste cenário, faz sentido consolidar os créditos.
Imagine que recorre ao crédito consolidado UNIBANCO e utiliza o simulador disponível para pedir 15.000€ (12.000€ para saldar dívidas + 3.000€ para pagar propinas). Pretende reembolsar em 84 meses.
Resultado: prestação mensal de 283,15€*
Nova taxa de esforço: (283,15 / 2.200) x 100 = 12,8%
Este exemplo mostra que a consolidação de créditos pode representar uma poupança superior a 600€ mensais — e um alívio significativo para o seu orçamento.
Alternativas à consolidação de crédito: o que mais deve considerar?
Se já entrou em incumprimento, a consolidação de crédito deixa de ser opção. Mas ainda existem alternativas:
- Renegociar com o banco: contacte a instituição de crédito e tente rever os termos do contrato. Poderá negociar períodos de carência, prazos mais longos ou prestação reduzida.
- Aderir ao PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento): este processo tenta evitar que o incumprimento avance para tribunal. Inclui medidas como alargamento de prazos, redução de prestações e períodos de carência.
Apesar de estas soluções ajudarem a aliviar a pressão financeira, é importante saber que exigem rigor no cumprimento dos novos termos, sob pena de recurso à via judicial.
* A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €15.000 a pagar em 84 mensalidades de €283,15. TAN 13,700% e TAEG 15,9%. MTIC €24.049,89.