Segundo Pedro Santos, da Direção nacional da CNA, a confederação está a promover um périplo junto dos grupos parlamentares e do Governo para valorizar a agricultura familiar, tendo sido este um dos objetivos da audiência na comissão parlamentar de Agricultura.
Acrescenta que há um fosso cada vez maior entre as explorações de pequena e média dimensão e as que são mais competitivas. A agricultura mais industrial e mais intensiva têm sido privilegiadas, relegando para segundo plano a agricultura familiar e há que estancar esta situação.
A CNA pretende, por isso, que seja criado um estatuto específico para a agricultura familiar, com um enquadramento fiscal e contributivo próprio e que discrimine positivamente esta atividade.
Outro dos assuntos que foi focado na reunião com os deputados da comissão de agricultura, centrou-se nas orientações políticas dos fundos comunitários.
Pedro Santos considerou que as ajudas diretas da PAC e os apoios ao investimento devem ser redirecionados para apoiar a agricultura familiar e alertou para os problemas gravíssimos do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural).
Além de haver mais de 10 mil candidaturas por analisar, existe um défice de 200 milhões de euros nas medidas agro-ambientais, que vai ter de ser coberto parcialmente com verbas que estariam destinadas a outras medidas.
A Direção da CNA vai igualmente apresentar outras preocupações, como os entraves burocráticos que estão a dificultar as formações no âmbito da aplicação de produtos fitofarmacêuticos (obrigatória a partir de 31 de maio).
Por: Agroinfo