O Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima de Olhão coordenou ontem, entre as 12h00 e as 17h00, a operação de retirada das restantes embarcações varadas e fundeadas no Recovo da Culatra.

A operação teve a intervenção direta da Capitania do Porto de Olhão, através do reboque das embarcações e apoio à ação, do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), através do reboque e evacuação as embarcações e do Comando-local da Polícia Marítima de Olhão, através da segurança de pessoas e bens no local, assim como a manutenção da ordem pública.

Esta operação foi o culminar de um projeto que teve início em fevereiro de 2015. Desde essa altura, foram retiradas mais de 90 embarcações e 300 toneladas de lixo do local, onde apenas permanecia 9 embarcações com providências cautelares interpostas. Decididas as providências cautelares e após concedido prazo para remoção voluntária das embarcações pelos proprietários, impôs-se a remoção coerciva realizada hoje.

Durante a operação foi efetuada a detenção do responsável de uma embarcação, de nacionalidade estrangeira com cerca de 70 anos, por ter resistido à execução da remoção, ameaçando os agentes da Polícia Marítima, e da ação com equipamento pirotécnico, tendo ainda sido detetado na sua posse, armas brancas proibidas.

O indivíduo passará a noite detido por ordens do Ministério Público, sendo presente no dia seguinte ao Ministério Público da Comarca de Faro, indiciado do crime de resistência e coação sobre funcionário.

Até ao final da ação, não houveram mais incidentes a registar, tendo sido efetuado o reboque de 7 embarcações. As duas restantes, face ao estado degradado e por motivos de segurança, serão retiradas futuramente.

 

Por: AMN